segunda-feira, 15 de dezembro de 2008


A chuva continua. Fina, fria, continua sem dar trégua aos desabrigados e sem luz a mim.
Quando vejo o mínimo raio de sol pela janela sinto-me o "Homem Pássaro" e corro a aproveitar-lhe os raios, na maioria, cândidos e sem tanta força.
Sei que milhares de Anas por aí descordariam de mim, inclusive minha Ana companheira, mas o Sol traz seu prazer, seu vigor, sua vida, a nós e a Terra.
Ontem como hoje amanheceu chovendo. Mas ocorreu-me um pensamento diferente. Imaginei o céu chorando.
Sei que Deus ama estar junto aos seus em perfeita comunhão, e receber Tia Elza Gandine deve ter causado uma baita recepção.
Mas doeu o afastamento físico. Vê-la na cozinha do retiro, agradando a todos, incansável, simples, amável é perda para todos.
À família, minha oração ao Espírito Consolador, ao Pai que sabe de todas as coisas o muito obrigada pelos anos ao lado desta serva do Altíssimo.
E nas palavras do filho Rogério Gandine: "Aprendi com minha mãe a amar intensamente e amar intensamente é amar simplesmente, amar nos detalhes" (como o fez o Mestre).
A mim, que Deus me dê graça para aceitar as perdas e separações (tenho dificuldade) e misericórdia para amar como Jesus amou, como Tia Elza amou.

segunda-feira

gente, acabei de estar com o meu amiguinho Rivo, ele é ótimo! estou mais calminha e a praga da ansiedade está mais domesticada!

hoje como de outras vezes eu não tenho nada a dizer. e como só escrevem -- ou deveriam -- escrever os que tem o que dizer, estou aqui a cometer um ato tolo, mas viva a tolice!!!

abrindo a nossa semana sigo a máxima que uma imagem vale mais do que mil palavras.

boa semana a todos vocês!
bjinhos,

até.
:)

sábado, 13 de dezembro de 2008

um tanto amassada...

sabe... hoje estou me sentindo como que pelo lado do avesso -- um tanto amassada. daqui a pouco irei ao sepultamento de uma pessoa querida, mãe de um amigo querido (ambos dispensam o "muito" querido(a). porque são plenamente queridos).

a morte é algo que me deixa no ar, diante dela perco o chão, e não só as mortes das pessoas queridas. é o fato de saber que alguém que existia materialmente não mais existe. é o fato de alguém cessar. de um dia estar e no outro deixar de estar.

não é angústia o que sinto diante da mais concreta certeza -- a morte. não é medo de morrer (muito embora, tenha medo de ter uma morte sofrida), pois sei para onde irei depois da minha. de verdade perante a ela sinto como se fosse dado uma pausa na vida e o momento vivido por mim estivesse congelado -- sem som, sem movimento, sem pensamento, sem nada. é como se o próprio nada abocanhasse a minha alma, pois que nem perplexa eu fico.

e assim nessa manhã chuvosa, me sinto triste e um tanto amassada.

mas, o que vale não é como me sindo diante da inflexível morte. o importante é que Elza Gandini da Silva na tarde do dia 12 de dezembro de 2008 fez seu Grande Encontro -- saiu de diante dos olhos humanos, e com os seus próprios olhos está vendo o Pai, o seu Pai celeste. esta é a verdade que tem o poder para confortar a sua família, e assim seja.

até.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

recebi por e-mail

queridos três, tem algum tempo que recebi esse lance de uma amiga, por e-mail, eu já ri muito, acho tão ingênuo! então resolvi colocar aqui!

bom final de semana pra todos! ;)

até.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

eu outra vez de volta :)

tríade querida, estou de volta! bem mais leve, bem menos tensa, bem mais bem!!! :-) finalmente chegou ao fim mais um período da faculdade. e nem creio que passei sem entrar em provas finais!!

pois bem, agora estamos nós quatro aqui outra vez, e aí?! e daí?! só me resta perguntar "E agora José?" (risos), é... boa idéia! hoje teremos Drumont* pra degustar! que tal?!

José*

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio — e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?


queridos, não é de se pensar? eu, pelo menos, continuo a pensar nos versos deste poema.

agora que estou de volta, de volta estarei!

bjinhos a todos :)

até.

*Carlos Drumont de Andrade, *a respeito.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Pra decidir e largar


Li esta história num site de reflexões... É sempre bom parar e pensar um pouco sobre o que estamos carregando no colo. O que aconteceu a duas horas atrás já não existe se o que vivemos agora nos diz o contrário...


Deixando o passado pra trás


Na vida que em geral levamos há muita solidão.

Nossa vida está tão repleta de influências, de conhecimentos, de memórias e experiências, de ansiedade, aflição e conflito, que nossa mente se torna cada vez mais embotada e insensível, funcionando numa monótona rotina.

E mesmo assim nos sentimos sós.Estamos sós, alguma vez? Ou estamos transportando conosco todas as cargas do passado?

Conta-se uma história interessante de dois monges que, caminhando de uma aldeia para outra, encontraram uma jovem sentada à margem de um rio, a chorar.

Um dos monges dirigiu-se a ela, dizendo: "Irmã, por que choras?".

E ela respondeu: "Estás vendo aquela casa do outro lado do rio? Eu vim para este lado hoje de manhã e não tive dificuldade em vadear o rio; mas agora ele engrossou e não posso voltar; não há nenhum barco.

"Oh! - disse o monge -, "isto não é problema" - e levantou nos braços a jovem e atravessou o rio, deixando-a na outra margem.

Em seguida, os dois monges prosseguiram juntos a viagem.

Passadas algumas horas, disse o outro monge: "Irmão, nós fizemos o voto de nunca tocar numa mulher. O que fizestes é um horrível pecado. Não sentiste prazer, uma sensação extraordinária, ao tocar uma mulher?"

E o outro monge respondeu:- "Eu a deixei para trás há duas horas.

Mas tu ainda a estás carregando, não é verdade?


Estamos sós? Ou estamos transportando conosco todas as cargas do passado?

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A pedido

Não sou do tipo que escreveria um livro de auto-ajuda. Tenho certeza.

Por muitas razões... A primeira delas é que acho que como seres únicos, que somos, temos experiências únicas que não são repetidas. Também, porque caminhar junto é bem melhor. Diz a Bíblia que se "dois caminharem juntos irão mais longe, se um cair o outro o levanta, se sentirem frio se aquentarão".

Mas, a pedido de uma amiga, a quem amo, citarei alguns pontos que conversamos e que não tem a intenção de ser uma receita de bolo mas um espaço para a reflexão enquanto caminhamos na DURA vida.

1. NÃO JOGUE SE VOCÊ ESTÁ EM JOGO.

É melhor a verdade. É mais difícil... Dói mais, às vezes nos humilha mas poderemos viver sabendo que fomos completos, inteiros, de valor.

2. TUDO VAI PASSAR!!!

Dizem os ditados, as anedotas e a Bíblia que TUDO passa. A maior alegria perde seu brilho. A maior dor deixa suas cicatrizes mas perde sua intensidade por completo. A cicatriz lembra o fato, mas a emoção se foi.

TUDO PASSA!!! "Não a mal que dure eternamente, nem bem que perdure para sempre". As épocas serão diferentes, mas sempre que sofrermos, cresceremos e seremos bem melhores.

TUDO PASSA!!! E depois fica bem melhor!!! (experiência própria)

3. SEGURE A "ONDA" DENTRO DA SUA CABEÇA!!!!

Não pilhe quem passar pela frente... e NADA de fofoqueiros!!! (raça pior que os da prostituição, esses normalmente, só fazem mal a si mesmo).

Terapêutas existem pra isso, remédios controlados (em época definida) e amigos verdadeiros também.

Os que estão sensíveis e confusos emocionalmente precisam de cafuné (e outras cositas mais).

4. SEJA QUEM VOCÊ É.

Linda, divertida, inteligente, atraente... Dona da sua vida, das suas escolhas, dos limites que você estabeleceu, da sua casa, do seu nariz...

Seja mãe MARAVILHOSA pra suas filhas, esposa DELICIOSA ao seu marido (você sabe como ).

Seja quem você é e viva o que tem: O SEU PRESENTE. O DIA DE HOJE!!!!

Como será daqui um ano? Você estará morando na Irlanda? Estará viva? Rica? IMPOSSÍVEL SABER!!!

SEJA HOJE, VIVA HOJE!!! (não bata as mesmas lajes, suba e bata outras).

5. VALE A PENA!!!

Investir, ser quem somos, acreditar que vai dar certo!!!!

As coisas não vão rápido como nos filmes da TV (aproximadamente 1h40min). Mas vale a pena!!!!

Um dia dói muito, dá vontade de desistir. No outro ficou mais leve. Mas TUDO PASSARÁ!!!! TUDO FICARÁ NO PASSADO E PODEREMOS VIVER UM PRESENTE BEM MELHOR!!!!!

Até o Roberto Carlos disse isso...

6. NÃO DESISTA!!!

Caminhe mais... Tente mais... Vá mais além... Espere mais...

Será muito boa a sensação de que se fez tudo e valeu a pena. A construção deu trabalho, foi árdua, mas trouxe cumplicidade, admiração e mais muito mais amor!

Essa foi a minha experiência. Pode ser a sua.

Estou à disposição.

OBS: Deus existe. Está agora ao seu lado. Te ouve. Peça a Ele que se mostre a você. Só isso!