quarta-feira, 17 de junho de 2009

Em curso

Gosto de fazer cursos. Estudar, ler, aprender coisas novas, escrever, enfim, acho que o conhecimento possibilita crescimento. Abrir a cabeça, ir à frente...

E inventam curso de tudo, já perceberam... De técnicas sexuais à neurolinguística. Tudo é motivo para um novo curso... Afff!!! Não sei como conseguem...

Seria tão bom se criassem um curso para a vida... Não esses de aprenda em 10 passos como fazer, ser ou ter qualquer coisa. Se auto-ajuda resolvesse o mundo estaria perfeito, todos seriam ricos ou dormiriam ao lado da pessoa amada.

Mas, a realidade não é bem essa. Vamos caminhando e se virando no caminho. Acertamos e muitas vezes erramos.

Erramos ao investir nossas fichas na cor errada, erramos ao sossegar diante do que deveria ser inquietude e também de não nos aquietar sempre.

Ainda bem que também acertamos. Escolhemos, optamos e direcionamos. Ainda bem que acertamos. E como é bom ver nossas escolhas certas. Que satisfação perceber que vale a pena!!!

Mas não é tão simples. O processo é lento. A estrada árdua. A noite fria.

Ainda não inventaram o curso que preciso. Enquanto isso, vou em curso nesta vida. Vou crescendo no caminho mesmo tropeçando em tantos troncos que insistem em estar bem a minha frente.

domingo, 14 de junho de 2009

Necessidade


É impressionante, por vezes, minha necessidade de escrever...

Parece que se não o faço meu peito não sossega...

A bem da verdade, mesmo escrevendo é difícil organizar as coisas que estão fora do lugar.


Neste momento também choro, outra necessidade constante do meu inconstante ser. Até que estou gostando de chorar agora. Não por ser de alegria, pois choro por profunda dor, tristeza e incerteza.


Não saberia dizer se meus motivos são reais, neuróticos ou mortais. Mas sei dizer que choro pois minha'lma sangra e meu corpo é estilhaçado do que outrora era inteiro.


Choro por querer ser e fazer bem diferente do que consigo, por pura insatisfação comigo mesma. Mas não só por isso. Choro também por ver expectativas frustradas, delírios não realizados, pela certeza da insensatez, pela certeza do desprezo.


Sou acostumada a chorar, não se assuste. Tenho chorado desde as minhas primeiras lembranças desta vida. Não por ser uma vida de tragédias, mas de reflexão, introspecção e muitas, muitas incertezas, grandes, fortes sensações.


Tenho amigas que dizem que não posso reclamar de rotina. Elas tem razão. Meu ser volúvel me incapacita a períodos longos de calmaria. Sou assim. Os que me conhecem sabem disso. Inconstante e apaixonada.


Tenho pensado sobre a paixão. A paixão que ofertamos aquilo que não tem valor. A paixão que oferecemos e sem possibilidade de retorno, reprimimos, sublimamos ou recalcamos.


Paixão que, às vezes, nos impulsiona e dá sentido a existência. Paixão que por outras nos leva ao fundo de nós mesmos, quando não ao fundo do poço.


Paixão que se transforma em ódio, em música ou em trabalho bem feito.
É difícil se apaixonar com frequência ou sem frequência. Estranho odiar o que é objeto de amor. Esquisito ceder ao inquestionável.


Como disseram Vinícius e Tom: essa "eterna desventura de viver" não é simples. Mas ninguém disse que seria, não é?

Tomara que seja breve, porque intensa com certeza vai ser. E já é!!!

sábado, 6 de junho de 2009

Absurdos

Bom, é um absurdo este blog ficar tanto tempo sem uma postagem... Até porque teoricamente somos três para tentarmos ser uma.... risos... e nem isso está funcionando.

Também acho um absurdo as coisas como andam... Esta semana participei de um seminário sobre perspectivas familiares e violência e como é fácil perceber que tudo anda um caos.

Ainda pensando em absurdos, fico inconformada com a cultura vigente, instalada em nossa sociedade, inculcada em nossas mentes, gravada em nossa carne. Tenho tentado subir rio acima mas, confesso, estou cansada.

Absurdo ter que conviver com tanta falta e ter que sorrir na praça. Absurdo encarar a idéia de que preciso me aceitar como sou.

Querida tríade, como aceitar o que é tantas vezes inaceitável. Como acostumar-me com o que é sempre susto. Como aquietar-me em dias tão barulhentos com tantas distrações.

Estou tentando. Mas são absurdas as exigências. Vencer, vencer e vencer! É isto somente???

Conheço mais meus fracassos que minhas glórias. Mais minha natureza carnal que minha identidade celeste.

Estou tentando. Mas não tem sido simples... Tem sido árduo, longo e frio.

Espero que os dias sejam abreviados. Preciso disto.

Desculpem o desabafo. Mas a boca fala do que o coração está cheio.

Na expectativa Daquele que traz a existência coisas que não existem...