sábado, 13 de dezembro de 2008

um tanto amassada...

sabe... hoje estou me sentindo como que pelo lado do avesso -- um tanto amassada. daqui a pouco irei ao sepultamento de uma pessoa querida, mãe de um amigo querido (ambos dispensam o "muito" querido(a). porque são plenamente queridos).

a morte é algo que me deixa no ar, diante dela perco o chão, e não só as mortes das pessoas queridas. é o fato de saber que alguém que existia materialmente não mais existe. é o fato de alguém cessar. de um dia estar e no outro deixar de estar.

não é angústia o que sinto diante da mais concreta certeza -- a morte. não é medo de morrer (muito embora, tenha medo de ter uma morte sofrida), pois sei para onde irei depois da minha. de verdade perante a ela sinto como se fosse dado uma pausa na vida e o momento vivido por mim estivesse congelado -- sem som, sem movimento, sem pensamento, sem nada. é como se o próprio nada abocanhasse a minha alma, pois que nem perplexa eu fico.

e assim nessa manhã chuvosa, me sinto triste e um tanto amassada.

mas, o que vale não é como me sindo diante da inflexível morte. o importante é que Elza Gandini da Silva na tarde do dia 12 de dezembro de 2008 fez seu Grande Encontro -- saiu de diante dos olhos humanos, e com os seus próprios olhos está vendo o Pai, o seu Pai celeste. esta é a verdade que tem o poder para confortar a sua família, e assim seja.

até.

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