sábado, 29 de novembro de 2008

Poema "A tempestade"

No post anterior escrevi ao léu algumas coisas que estava pensando do que acontece quando enfrentamos tempestades severas na caminhada da lida. Agora segue um poema meu sobre o mesmo tema:

"A Tempestade"

Barulho na imensidão,
brilho nos olhos da alma
fruto de clarão vindo do céu
voz que não fala mas não cala

É destruição que pode tudo levar ao léu
No coração silêncio que a incerteza traz
no corpo o grito que a agonia do não saber
faz crer no que não existe, que é mar, é céu

Agito, pranto, lamento
- assunto no pensamento
Como não viver o que se vê?
Como não fazer o que se quer?
Como ir além da água que sobrevém?

É tempestade
Chuva, relâmpago, trovão
É enchente dentro de si
É tempestade, não dá pra dizer que não

Vindo a tempestade




Antes de chegar você não sabe mensurá-la...
Trará avarias? Serão irreparáveis? Quais seqüelas permanecerão?
Em meio a ela, tudo muda...
Não se vê com clareza... O sentimento é de infindável fim.
As águas transtornam mas lavam, renovam, brotam novas fontes, abrem caminhos.
É difícil, amedrontadora... mas vale a pena!!!!

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Pensando sobre "uma frase"

Pensei sobre o texto abaixo.

Apesar de curto nas linhas, imenso em suas implicações.

A princípio, fiquei com vontade de esconder o rosto num buraco (feito avestruz).
Pensei, meditei, refleti e a vontade não passou ( e olha que dizem que elas, as vontades, dão e vão).

Não tenho muito mais o que dizer sobre o assunto.

Apenas um algo mais me ocorreu: "Jesus Cristo - uma frase".

Ele é a frase.

A frase eterna. A que sem palavras diz tudo.

Ele é a frase da humanidade sobre suas mazelas e desesperanças.

Ele, sim, Ele: JESUS CRISTO é a frase.

Que, por vezes, de tanta fraqueza eu não consigo pronunciar. A frase, que pela minha humanidade faz corar minha face.

A frase da qual dependo, a qual amo.

Mesmo quando meu infiel coração leva os outros ou a mim mesma pensar que não.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Jesus Cristo - uma frase

tenho pensado em algumas coisas... na verdade tenho sido invadida por pensamentos... e outros orbitam ao redor de mim mesma. tenho vontade de expulsá-los de ao redor de mim, mas nehum deles me obedecem!
e assim não tenho conseguido deixar de pensar numa frase do meu mestre:


"... aquele dentre vós que está sem pecado seja o primeiro que lhe atire uma pedra." _Jesus Cristo_

é de se pensar, não?!

valeu amada tríade!
bjin,

até. :)

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Falando de amor III


Estou um poço de ansiedade (afinal aqui também é blogterapia...)
Após o texto da Ana acerca da sua amiga que escreve textos excelentes e nunca tem coragem de os publicar, no mínimo, tive gelada a minha alma. Que tipos de textos escrevo? Que tipo de pensamentos tenho? Como ouso expor-me?

Frustrações à parte... "A boca fala do que o coração está cheio" (Provérbio de Salomão).

Tenho pensado sobre o que me leva a amar? O que nos leva a amarmo-nos?

Entregar coisas íntimas a um outro muitas vezes desconhecido... (pelo menos até então).
Dizer as pessoas o que depois será usado contra nós...
Adentrar como num portal onde tudo faz sentido e, o tal do amor, traz significado ao insignificante.

É o salto em suas sensações.

É o absurdo vivenciado pela humanidade.

É o que me falta que procuro no outro? Ou o que nos duplica que nos atrai?

E vamos caminhando sendo atraídos e repulsados. Como um ímã, um nó que não se desata nem se o quer desatar.

Amamos.

Muitos: Vários personagens, companheiro, filho, pai, mãe, avós, conhecidos, transeuntes.

Nos compadecemos; sentimos; mas de repente afffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffff...

Nos lembramos de nós mesmos. Nossos compromissos. Nossa agenda que deixa de lado o amor em sua essência.

Falando de amor: o sentimos muito e o vivemos pouco.

Falando de amor: muitas vezes estamos mais para "Soneto da Separação" que para o "Soneto da Fidelidade".

SONETO DE SEPARAÇÃO

Vinícius de Morais

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

uma explicação

a nossa preciosa Ariana esqueceu a sua conta e a sua senha (assim não podendo acessar a conta do blog), de forma que durante um breve período teremos constanto aqui, apenas duas ANAS, mas... tal problema será resolvido em breve, uma vez que já demos início a solução!

assim estaremos novamente recompostas e coesas -- e cá pra nós, pra que mais do que isso?!

coisas que acontecem, né?!

;)

... insone -- mais uma vez! e de mente solta! ai que perigo!

mais uma vez estou aqui de madrugada e insone! fazer o que né?! a vida é desse jeito... alguns dormem, e outros gotariam de também dormirem e terem as suas forças revigoradas, mas... sei que amanhã estarei de pé logo cedo e "quebrada"! mas, creiam-me já tenho me acostumado, afinal são quase vinte anos da minha vida desse jeito! desde menina a insônia me amou! e com uma fidelidade canina!
a assim estou aqui com vocês, queridos três leitores, dizendo de mim e de coisas que de alguma maneira tem importância em minha vida.
sabe, tenho uma amiga que escreve textos com uma perspicácia que se eu viver 100 anos não chegarei lá! mas, tal amiga é completamente convencida de que seus textos não tenham valor para serem publicados para que outros leitores os conheçam -- o que é em si um pensamento tolo, desta amiga que estimo como somente amigos podem ser estimados.
a amiga minha escreve textos reais e diz jocosamente que os publica num blog imaginário (afinal tal blog ainda não nasceu!), o que em si já é algo divertido. rimos muito a esse respeito, pois ela me mostra os seus textos do "blog imaginario", e saibam, caríssimos três, ela escreve bem pra cacete! ela tem tiradas maravilhosas e uma percepção do mundo em que vive digna daqueles que não podem impedir que mais pessoas possam partilhar desses seus escritos para seu "blog imaginário", aliás um bom nome de blog!
assim, eu peço -- amiga minha me permita publicar dia desses um texto seu aqui como um presente, uma colaboração ao nosso blog. vai amiga minha... dê-nos um, ao menos um texto!! o nosso blog ficaria imensamente feliz de ter um texto seu aqui! e talvez você vendo que não é um bicho de 7 cabeças, você traga à luz o seu "blog imaginário".
tríade querida, tenho gostado muito de um verso de uma canção que para mim é um poema e o deixarei para que nessa semana possa ser algo que provoque pensamento em nossas mentes,
"... porque sei que sou semelhante de você, diferente de você, passageiro de você, à espera de você..."*
e sabendo que pensar nunca é demais -- pensemos!
com o carinho que o tempo trás,
uma super boa semana a todos vocês!
até. :)
* CD: Qualquer (2006), Arnaldo Antunes, Música: Contato Imediato,
de Arnaldo Antunes & Marisa Monte & Carlinhos Brown

domingo, 23 de novembro de 2008

Falando de amor II


Na oitava série, aos 14 anos, numa aula da escola, fui apresentada a "Eu sei que vou te amar" e "Soneto da Fidelidade" (Tom Jobim e Vinícius de Moraes).
Foi identificação a primeira ouvida....

Decorei o soneto em um dia. Por minha conta... Não porque ia cair na prova ou coisas parecidas... Quero registrá-lo aqui...
Fala de amor!!!

"SONETO DA FIDELIDADE"

De tudo, meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor ( que tive ):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
VINÍCIUS DE MORAES



Dispensa as minhas palavras... Mas só pequenas considerações:

1. Sei o poema de cor até hoje, 20 anos depois.

2. Viver de mentiras não é amor.
3. É possível que ele dure a vida toda, como é possível se tocar uma sinfonia inteira com o mesmo piano de cauda.

Falando de amor


É difícil encontrar alguém que goste de filosofar... Conversar e pensar sobre os assuntos da vida e do coração, do eu, da falta de razão, sem a obrigação de se chegar a conclusões, novos paradigmas, ou até quem saiba a cura pra alguma mazela.

Encontrei até aqui poucas pessoas que me permitem este exercício, este prazer de meditar sobre o simples ou o inexplicável.

Semana passada estava conversando com uma amiga assuntos de amor ("amiga" por minha conta, pois ela diz que pra ser amiga se é preciso muito) - ainda não filosofamos sobre o quê.

Falávamos de amor.

Amor que é encontro, às vezes frio na barriga, arrepio no pescoço. Amor que é juntar as contas e espremer o dinheiro pra que ele chegue até o famoso dia 30.

Mas não é retilínio esse tal amor.
Constroe-se a vida baseada nele: casa, finanças em contas conjuntas,filhos que desfrutem da companhia "full"dos pais.
Dividi-se o carro, a cama, o cobertor, a geladeira ,os livros e os melhores cds (e você nunca saberá quem os arranhou)....

É a prática do amor!!!! Ele encarnado!!!! Sendo experimentado além das palavras e das músicas!!!!

Mas num dia: após 19 anos de casada a mulher descobre, TOTALMENTE AO ACASO, que seu cônjuge há um ano constituiu outra família.... continua em casa.... aparentemente tudo como antes.... antes???? (encontrei essa mulher na sala de espera do consultório, ela é de carne e osso).

Ou a minha avó paterna que se separou aos 93 anos de idade ( portanto mais de 70 de casamento) e quando estava com 98 anos, poucos dias antes de sua morte, implorava para ver o meu avó, que não cedeu aos seus apelos, e a companheira de toda vida partiu sem ver o rosto decorado na existência?

Ou a jovem de casamento marcado que descobre que o noivo tem um filho que irá nascer há poucos dias antes da cerimônia?

Todas histórias reais de gente que conheço...

Tenho 14 anos de casada e 17 de convivência (metade da minha existência de 34).


As circunstâncias fazem diferença, mas talvez não tanto quanto o modo como reagiremos a elas.
Afinal de contas, se fosse assim o Leonardo de Caprio não trairía a Gisele (padrão da beleza mundial) ou os Trump (família riquíssima dos EUA) não se separariam já que a crise financeira não bate à porta.
Digo eu e a Bíblia "o amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta..." (I Co 13).

Na prática o sinônimo poderia ser calvário (QUE DRAMA).... rsrsrsrsrs
Mas às vezes como Djavan somos obrigados a dizer: "Sabe lá? o que é não ter e ter que ter pra dar? Sabe lá?"

Amar é optar !!!!

Acordar, abrir os olhos e decidir pelo objeto do amor.

Escolher construir uma história que dure um pouco mais que uma edição de CARAS.

Olhar o outro e ver nele um pouco de nossas mazelas, necessiddades de auto-afirmação e rejeições.

Saber que SOMOS HUMANOS DEMAIS..... e erramos bem mais que gostaríamos...

Falando de amor: às vezes cantamos como Tom e Vinícius... às vezes xingamos como as ex dos jogadores de futebol.


sexta-feira, 21 de novembro de 2008

você tem vida? cuida da sua!

tenho uma coisa comigo desde muito cedo, de como é difícil cuidar da própria vida e ainda dar conta da vida alheia. isso sempre me provovou muita curiosidade -- no mínimo. uma vez que dar conta de viver a minha vida seja algo tão difícil.

mas, existem aqueles que levam as suas vidas dando conta da vida dos outros. não de uma maneira positiva, intervindo quando conveniente, ou puramente estando por perto como presença amiga. essas pessoas gostam de saber dos acontecimentos, de emitir conceitos, e não raramente tem verdadeiro prazer em ver os tropeções, as dificuldades e por vezes as pequenas ruínas a que qualquer um está sujeito na prática do existir.

as vezes esses sabedores-da-vida-alheia, até podem dizer e acreditar que fazem isso para ajudar o outro, mas, qual o motivo de tal ajuda não se tornar evidente? não se tornar efetivamente ajuda? deviam os sabedores-da-vida-alheia pensar no porquê das pessoas "cortarem caminho" de perto deles, e as vezes até mudarem de assunto quando chegam perto.

não pensem que estou aqui escrevendo com um endereço certo, pensando numa situação específica -- porque não estou. apenas sentei e olhei esse espaço em branco e me veio dizer o que digo.

realmente queridos três, pensemos nisso. se temos cuidado de nossa vida ou "dado conta" da vida dos outros. porque, no mínimo, ser um sabedor-da-vida-alheia é feio -- penso que seja de uma feiúra extremada.

no orkut há uma comunidade que o seu título faz a síntese do meu pensamento quanto a esse assunto, e até o amplia, faço parte dela por concordar com a verdade de seu nome "Você tem vida? Cuida da sua!".

queridos três, na esperança de que serenos e reflexivos pensemos em nossa prática de vida, bom final de semana a todos!
com carinho.

até. :)

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Outra de Humberto Gessinger


"Um dia me disseram

Que as nuvens não eram de algodão

Sem querer eles me deram

As chaves que abrem esta prisão



Quem ocupa o trono tem culpa

Quem oculta o crime também

Quem duvida da vida tem culpa

Quem evita a dúvida também tem


Somos quem podemos ser

Sonhos que podemos ter"

UMA ORAÇÃO: que Ele me faça capaz


Confiar de forma inabalável hoje num maltrapilho é algo extraordinário, porque em geral exige um grau de coragem que chega às raias do heroísmo.

Quando a sombra da cruz de Cristo recai sobre as pessoas na forma de fracassos, pesares, rejeição,abandono, desemprego, solidão, depressão, a perda de um querido; quando ficamos surdos a tudo o mais, exceto ao bramido estridente da nossa própria dor;quando o mundo ao redor repentinamente se apresenta como um lugar ameaçadore hostil, bem podemos bradar de angústia: "Como um Deus de amor permite queisso aconteça?".

E assim é lançada a semente da desconfiança, obrigando-nos a uma situação de escolha: nos afastaremos de Deus, ou nos voltaremos em direção a eEle mesmo quando a escuridão o esconde de nossa visão?

Escolher a luz de Deus na noite escura do desespero é um ato heróico de coragem.

Continuo a deparar com essa escolha nos momentos mais sombrios, solitários e desalentadores de minha vida.

Ao convidá-lo a unir-se comigo nessa viagem de maltrapilho, não peço mais de você do que peço de mim mesmo: que confie no amor de Deus não importando o que nos aconteça.


Brennan Manning, in: Meditações para um maltrapilho.

Humberto Gessinger - frase

as vezes também me pergunto:


"(...) quanto vale a vida acima de qualquer suspeita?
quanto vale a vida debaixo dos viadutos?
quanto vale a vida perto do fim do mês?
quanto vale a vida longe de quem nos faz viver? (...)"*


*Humberto Gessinger, (Engenheiros do Hawaii),
Música: ?Quanto Vale a Vida?
CD: Filmes de Guerra, Canções de Amor - 1993


bom dia a todos!

até. :)

terça-feira, 18 de novembro de 2008

serenidade -- virtudes, a série

querida tríade, vocês não imaginam como Vitória está maravilhosa, choveu muito e agora está nublado e garoando, que delícia!!! (Amelly, hoje não tenho inveja de você!! 'tudo bem que aqui não tem neve').

ontem eu estava pensando em qual virtude postar aqui, e a minha mente me levou bem looonge (ela tem dessas coisas, né?!). e me lembrei de uma conversa que tive com um amigo meu quando éramos adolescentes em final de carreira.

na volta do Colégio Americano conversávamos sobre algo que não me lembro o quê, mas surgiu o assunto de que bicho gostaríamos de ser -- se pudéssemos ser bichos é claro! então ele disse que gostaria de ser uma tartaruga. mas... uma tartaruga?! -- pensei -- e perguntei o porquê. ele respondeu que era porque a tartaruga era um bicho SERENO, que ele admirava a serenidade que ela tinha. meu-Deus-do-céu! se eu já não fosse apaixonada por ele eu teria me apaixonado naquela hora!!!! além de tudo o que ele era pra mim, ele queria ser como uma tartaruga, que liiiindo!!!!

pois é... a nossa virtude de hoje é a SERENIDADE. aquele que é sereno é alguém tranqüilo, não afetado pela agitação, é calmo, sabe viver em meio a pertubação e de alguma forma não se afeta comprometendo-se com ela, é manso, tem paz!

como a serenidade é algo que tem lugar nos dias de hoje, não?! como pode! vivemos numa correria maluca, num franze-testa absurdo, nos envolvemos em questões de menor valor como se fossem coisas imprescíndiveis a nossa existência. trocamos a nossa paz de espírito por qualquer coisa, já notaram isso?

se estamos numa fila, seja qual for, e ela está lenta, nos envolvemos a pensar a respeito da demora e daí em diante estamos com a alma frenética, tomada pela falta de paz porque a fila não anda! mas, só porque a fila não anda tem valor perder a serenidade?! se a página da web está vagarosa para abrir, já pensamos em como a conexão é uma m§&#@, ou o computador é uma carroça. em questão de um minuto perdemos a tranqüilidade! e a pergunta é, mas, vale a pena deixar de estar tranqüilo por causa da lentidão de algo que vai abrir, apesar de lento?!

sem falar que estamos sempre com pressa de chegarmos a algum lugar, de fazer algo, de que alguém nos faça algo. sempre exiginos que o outro ande no nosso ritmo, faça as coisas no nosso tempo -- o que é muito curioso -- pois, além de perdermos a nossa calmaria fazemos de tudo (ainda que de forma inconsciente) para que o outro também a perca. pode isso?!

e o mais trágico de tudo é que se siceramente e imbuídos de verdade formos pensar no porquê vivemos correndo, vamos perceber que é por razões em que os resposáveis fomos nós mesmos que deixamos para a última hora algo que poderia ter sido feito antes e calmamente. ou então, por razões que fogem completamente ao nosso controle, aí mesmo que não vale a pena se desgastar, uma vez que não depende de mim ou de você.

há que existir alguma forma de trabalharmos as situações que nos fazem agir empurrados na e pela multidão inquieta. situações que nos fazem agir como autômatos, mas que tem alma -- e portanto, sofrem as consequências de um viver que não aprecie o momento.

sei que tem situações em que a agitação externa é inevitável (pegar um ônibus do Transcol as 18 horas, por exemplo 'risos'), mas busquemos uma forma de manter, ao menos, a nossa paz espírito. de manter o nosso lado de dentro manso e sereno.

queridos três, pensemos nisso e se houver algum valor em sermos pessoas que mantêm a paz interior, busquemos o seu cultivo.


sempre com carinho,

até. :)

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

... achei em minhas andanças...

queridos três leitores, espero que o final de semana tenha sido muito bom para vocês. :) vamos lá...

na semana passada tive a feliz surpresa de descobrir um blog sensível e de alma genuína. li todos os seus post's de uma única leitura e gostei de cada texto ali colocado, alguns me provacaram a reflexão, outros me emocionaram, e em outros ainnda, ri. entrei em contato com a Renata Rugai e pedi a sua permissão para colocar um de seus textos aqui, ela muito gentilmente permitiu.

então, abaixo teremos um texto do blog Um Jeito Trash Doce de Ser , publicado no dia 28 de julho de 2008, por Renata Rugai.


Mágoa

Tentei jogá-la no bueiro e a desgraçada voltou pelas
tubulações do esgoto
e apareceu no vaso sanitário, dei descarga e apareceu no ralo
do chuveiro,
liguei o chuveiro e ela se foi,
mas depois de um tempo me apareceu no tanque, e dessa
vez mais forte e mais encorpada,
eu não estava em casa e o tanque transbordou, quando
cheguei ela estava toda espalhada pela casa.
Desisti, deitei e fiquei, eu e ela, com a luz apagada e os vidros
fechados. Os dias foram passando e quando percebi ela
estava deitada na minha cama, fiquei com dó dela, não tive
coragem nem força de colocá-la pra fora, fiquei olhando ela
dormir e até achei bonito, e assim ficamos durante uns
meses, debaixo do edredon, pensando, chorando, doendo....
e assim o tempo foi passando e comecei a perceber que ela
estava encolhendo, minguando, definhando, dimunindo, fiquei
desesperada achei que ela ia sumir, quem diria, eu que queria
me livrar dela a todo custo.
Um dia acordei e ela cabia na palma da minha mão, fiquei
com ela nas mãos olhando sem parar, não dormia, não
comia, quase nem piscava com medo de que ela
desaparecesse numa fração de segundos, queria guardar
uma última imagem mesmo que microscópica, e assim
passaram-se dias mas ela misteriosamente não sumiu, só
ficou assim pequena, bem pequena do tamanho de uma
moeda.
Hj ela continua comigo, de vez em quando a carrego no bolso,
de vez em quando a deixo em casa, já não durmo mais com
ela, hj ela tem cama própria...


amada tríade, sigamos em nossa semana. bons seis dias de labuta a todos nós.
na esperança de que o nosso coração possa ficar mais leve a cada dia,

bjins a todos,

até. ;)

sábado, 15 de novembro de 2008

um poema -- O Sol

olá! queria ter feito este post ontem, mas não deu... :( coloco aqui um poema que gosto, de alguém que gosto de ler!

um bom final de semana para vocês!



O Sol

Novamente vou pisar a Terra ardente,
Outra vez vou viver a vez primeira.
Reaprender é necessário,
E pra correr a pé eu não sou páreo;
Vou deixar a minha vida em movimento.
Quero tirar a minha alma da dispensa,
E deixá-la, corá-la, até encorajar-se.
Eu vou ter algo mais que um sentimento,
Porque desta vez, os meus pés não escorregam.
A felicidade não é bruma pra que suma
Na frente dos meus olhos; desta vez eu vou detê-la.
Vou deixar meu coração apreender a canção
Que chama à lembrança o caminho escuro que eu andei,
Pra eu nunca mais me esquecer do valor que tem o Sol.
E tudo é tão simples, que nem dá para acreditar.
Eu contaria a minha história,
Se eu não tivesse gostado do silêncio.
O Sol me iluminou, e eu conheci o meu pensamento.


é..., o ameno e carinhoso Sol... iluminou,
e eu conheci o meu pensamento.

Heloísa de Aquino


bjin :)

até.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

eu pergunto, e me pergunto

por favor, me digam

por que há quem fale de amor gritando, quase brigando?
por que há quem fale de paz aos berros, com aparência de guerra?
por que há quem fale de humildade, aparentando soberba?
por qual motivo há quem diga de como se tratar bem aos outros agredindo a quem ouve?
apre! desliguem a TV, e tirem esse dominical da minha frente!

acho que ainda sairei dessa Terra sem entender isso. :(

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

... conversas...

hoje no curso, durante a aula, falei com a Kika, então ela me disse: "assiste ao filme".
chiiiiiiiiiiii acho que ela me deu um "cala boca" gentil!!!!
hahahahahhahaha

bjins :)

Muitas coisas

Sou só pensamentos... sentimentos... reflexões e confusões...
Estou misturada, sacudida, sem enxerguar a trilha. É acontece nas melhores famílias....

Tenho muito: Salvação, perdão e paz. Vida, vida abundantemente eterna!!!!
Tenho mais que preciso: família linda, uma gostosa e minha casa, apoio, pessoas, comida, saúde (sem contar o número de vestidos novos)...
Tenho mais que sonhei, que orei e que pedi!!!

Mas não me percebo assim. Auto-estima distorcida? Pouco tempo de análise?
Sou tantas coisas e não sou excelente em nenhuma delas. Sou do tipo mais ou menos...

Mais ou menos calma, mais ou menos disciplinada, mais ou menos competente, mais ou menos bonita....

GOSTO DE VÁRIAS COISAS: não sei sou boa nelas... canto mal, toco mal, escrevo mal, pinto mal, componho mal... sou bem mais pra menos que pra mais.

À tríade, desculpem a blogterapia... coisas acontecem nas madrugadas sem dormir...

Talvez daqui uns dias tire esse triste lamento daqui. ( No melhor estilo Jeremias ou Davi)

Lágrimas

Dor:
Sabor que sorve a alma de quem pode sentí-la.
Pode, porque alguns até seriam melhores com ela...
mas a deixam escapar como sonho de que tudo é como pensamos.

Flor:
Cor da alma que a torna única.
Cheiro da dor que escorre dela.
Expressão do que se vê mas nem sempre se é.

Ser: Adicionar imagem
quem?
o que?
como?

hunnn... até lá!? :)


gente, veja aonde fomos parar?!
em Londres!
que blog é esse?! :)

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

dos desconhecedores-de-tormenta

pra onde vamos quando não estamos? e aonde estamos quando não somos? há pessoa dentro dentro de nós, ou nós apenas somos não? assim, como quem só sabe dizer sim, ou mesmo como o que só consegue dizer não -- há quem siga e prossiga, mas ainda sem saberes, sem certezas...

e me pego pensando... na penumbra da vida de quem vive em meio a pessoas que do viver desconhecem o gosto acre, e as inevitaveis farpas que entram na alma no exercício da vida. porque viver em meio aos desconhecedores das tormentas do existir é estar entregue a algozes.

e senão pela divindade, os que prosseguem com farpas na alma em meio aos deconhecedores-de-tormenta, não conhecem abraços, afagos, ternura, a mão amiga de quem cuida. mas, não é por crueldade que que os desconhecedore-de-tormenta exigem o ignorar das fisgadas da alma por quem as sofrem, não é por maldade que produzem dor achando que estão dando estímulo, não é com intensão de tortura que exigem o arrancar das farpas a todo custo.

é com pesar que invariavelmente constato, que há pessoas que não sabem fazer ninho e deixar que a alma machucada descanse, apenas silenciando. não sabem porque jamais aprenderam com a razão do nervo da alma, que há dores provocadas por espinhos que não podem ser retirados por qualquer um e no momento em que se quer.

há que aprendamos que "... pra tudo há uma ocasião certa; [...], tempo de chorar e tempo de rir, tempo de prantear e tempo de dançar, tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las, [...] tempo de calar e tempo de falar, [...] tempo de lutar e tempo de viver em paz."* e sobre tudo e sobre todos está aquele que tem o tempo em suas mãos, e tudo sabe.

sejamos fazedores de ninho e acolhedores de almas doídas -- e no mínimo, silenciemos diante do que não conhecemos.

amada tríade, ô como é difícil aceitar que somos apenas pessoas no aprendizado de sermos humanos, e que a dor (seja qual for) faz parte do crescer e do aprender a Ser. não é mesmo?!
com o carinho de sempre,
e na esperança de que aqueles que não sabem o que dizer e o que fazer, não digam nada e nada façam -- assim não sendo algozes.

até. ;)


*Eclesiastes 03.01-07

Florbela Espanca* - frase

"Tudo no mundo é frágil, tudo passa ..."
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim !
=§=
*do soneto Fanatismo, Livro de Soror Saudade (1923)

terça-feira, 11 de novembro de 2008

gentileza -- virtudes, a série

pessoas, aqui em Vitória desde domindo está um tempo adorável (pra quem gosta, e eu gosto), choveu horrores! tanto que chego a me perguntar em como pode ter tanta água no céu! heheheeh tudo bem, mas o que tem isso a ter com a nossa não esquecida "série virtudes" ?
pois bem... estava eu indo pra aula ontem e usando uma sombrinha (objeto de nome no mínimo curioso, uma vez que pretende proteger da chuva e não fazer sombra! 'pesquisarei ainda sobre isso' heheheh), e não só eu usava tal artefato, pois no mometo do dilúvio todos sacaram as suas sombrinhas e guarda-chuvas (nome não menos curioso do que o anterior, uma vez que ele não protege a chuva, e sim aquele que o porta, mas... 'pesquisarei também'), assim a rua estava intransitável sem atritos entre sombrinhas e guarda-chuvas.
enquanto andava rapidamente, como todos os demais eu tentava não esbarrar a minha sombrinha nos outros e desviava meus olhos daquelas pontas das sombrinhas e guarda-chuvas assasssinos (era quase uma direção defensiva!), era uma coisa! em determinado momento vi um rapaz que vinha e no instatnte em que ia colidir com umas meninas, tirou completamente seu guarda-chuva de sobre si para que elas passassem com as suas sombrinhas sem se atrapalharem.
querida tríade, apesar da chuvarada e do corre-corre, aquela cena ficou em mim como uma foto mental. e segui pensando no gesto do rapaz que não pensou em si, que foi delicado, generoso, que foi fino, e sim creio -- que foi gentil. ele usou de GENTILEZA naquele momento.
que lindo! a gentileza não é algo retumbante, não precisa de tapete vermelho. ela é tranqüila, passa quase despercebida, cabe em qualquer lugar, ela é modesta, é sensível e para os sensíveis. ela se apresenta nos pequenos gestos, ela é dada as miudezas das relações.
a gentileza é uma faceta da educação, ela demosntra o quanto já somos gente, o quanto já somos humanizados.
enquanto estou aqui escrevendo estou pensando que ser gentil é uma questão de aprendizado, e só os sensíveis buscam tal toque de beleza para as suas relações. é... ser gentil é aplicar toques de beleza nos seus contatos cotidianos. isso é belíssimo! e são esses pequenos mimos de beleza que trazem o frescor e a leveza, que ventilam nossos contatos com as pessoas que convivemos.
a gentileza provavelmente deve fazer mais bem a quem o é do que a quem a recebe, é... isso eu não sei! hehehe mas já sei que quero ser alguém gentil :) preciso de sê-lo, afinal estou rumando a ser gente e não posso abrir mão de algo tão significativo no exercício de ser humano.
pois é...espero lograr êxito nesse meu mais novo empreendimento!
bjinhos, querida tríade!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

... e o monstro tava dentro de mim!

gente, como pode?! saí de casa a encarnação da derrota pra pegar de frente -- muito embora não o quisesse -- o monstro que me atemorizava. cheguei lá e nem tinha forças pra sentir mais nada de ruim (e de bom que não ia sentir mesmo, né?!). por enquanto está tudo certo!

e no final de tudo o monstro tava dentro dentro de mim -- ê ansiedade filha da puta!

confie em quem você pode confiar minha alma!

bjinhos, amada tríade :)

será como que se chama?

será como que se chama quando a gente tá fazendo uma coisa em lugar da outra, e a coisa feita tem menos valor do que a que deveria ser feita? sabe... como chama quando a gente está com os pés e mãos suados, mas sem calor e também sem frio? bem... qual é o nome da coisa estranha que aperta a nossa garganta e puxa até o estômago, deixando uma sensação de aperto-vazio?

ai! eu sei que tem um nome pra quando você vai fazer algo que não pode declinar e que o corpo todo se desvia -- mas, só que do lado de dentro.

é..., não tem jeito. eu sei que tem um nome pra tudo isso... e isso tudo é mais do que uma coisa... e eu até sei quais são os nomes...

é, agora eu vou me aprontar pra encarar o que o meu lado de dentro não está desejando fazer.

ok! as 20h descobrirei se é verdade que nada está tão ruim que não possa melhorar. :(

querida tríade, na volta eu conto no que deu!