domingo, 23 de novembro de 2008

Falando de amor II


Na oitava série, aos 14 anos, numa aula da escola, fui apresentada a "Eu sei que vou te amar" e "Soneto da Fidelidade" (Tom Jobim e Vinícius de Moraes).
Foi identificação a primeira ouvida....

Decorei o soneto em um dia. Por minha conta... Não porque ia cair na prova ou coisas parecidas... Quero registrá-lo aqui...
Fala de amor!!!

"SONETO DA FIDELIDADE"

De tudo, meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor ( que tive ):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
VINÍCIUS DE MORAES



Dispensa as minhas palavras... Mas só pequenas considerações:

1. Sei o poema de cor até hoje, 20 anos depois.

2. Viver de mentiras não é amor.
3. É possível que ele dure a vida toda, como é possível se tocar uma sinfonia inteira com o mesmo piano de cauda.

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