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domingo, 12 de abril de 2009

Noite em Canção

Em meus olhos lagos d'água
emoções a colidir
rios cheios de uma fonte
que laceram o meu ir

Fontes muitas, águas todas
vida, sopro, coisa nova
rompe o peito, rasga a alma
planta tenra, muito exposta

No discurso que é travado
entre o sonho e o que é de fato
torna luta o dormir, rompe o dia em artefatos

A canção ecoa clara, torna música o que é dor
faz do pranto melodia, da letra sinfonia
e as vozes que agora ouço, pura e doce harmonia

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

as veias da minha humanidade expostas

decididamente estou melancólica... e sem o mínimo pudor ainda digo que estou profundamente triste. é... queridos três leitores, como dizem "rapadura é doce, mas não é mole não!". no dia de hoje estou a entender com perfeição essa sabedoria popular.

irra... como a nossa caminhada na existência é feita de desencontros. quando queremos isso temos aquilo. e no instante que conseguimos aquilo outro, percebemos o isso antigo nos chamando ao longe. nó! como essas coisas me provocam canseira! como estou cansada de insistir, de ir...

mais uma coisa me desanima, e complementa o meu estado nesse instante -- nada, mas... absolutamente nada, está como eu gostaria que estivesse no meu mínimo cosmos existencial. assim, a minha alma cansadinha, cai lenta e vagarosa a espera de amparo.

o desespero não há em mim, altercações não encontram lugar em mim, uma vez que o desânimo meu, não me permite tais despresíveis luxos do meu lado de dentro. porque de verdade estou can-sa-da.

muito cedo descobri que viver era fácil. e que o conviver que era difícil, posto que não se convive só -- conviver é dar de si, é ceder, é morrer pelo outro. morrer as vezes por quem não merece. finalmente, conviver é uma faceta do amor se conjugando.

mas... nesse meu período de enfado melancólico, até isso tenho revisto -- é verdade mesmo que conviver é difícil, dificílimo! mas, tenho percebido que viver é duro. tão difícil quanto encontrar doçura numa rocha. e por que? apenas porque no ato de viver se convive consigo mesmo. e convenhamos, queridos três, nós não somos as melhores pessoas para se conviver nessa existência.

assim, estou despudoradamente triste, absolutamente sem ânimo e desavergonhadamente confessativa. mas, de todas as coisas, estou dilatadamente humana. estou com as veias da minha humanidade expostas.

e se você que me lê, não estiver me entendo. ou mesmo me reputando como bem desejar a sua mente, ou me rotulando, ou qualquer outra coisa congênere, um conselho com carinho -- cale-se. silencie até mesmo os seus pensamentos, pois se você não me entende, hoje esse texto não foi para você.

aos de alma larga, e conhecedores das tormentas do existir: eu sei que vocês me entendem. e por favor, peçam a quem pode, por mim.

tudo bem... que todo mal estado da alma, pode durar a eternidade, mesmo que a eternidade seja até amanhã!

sinceramente obrigada,

:)

até.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

serenidade -- virtudes, a série

querida tríade, vocês não imaginam como Vitória está maravilhosa, choveu muito e agora está nublado e garoando, que delícia!!! (Amelly, hoje não tenho inveja de você!! 'tudo bem que aqui não tem neve').

ontem eu estava pensando em qual virtude postar aqui, e a minha mente me levou bem looonge (ela tem dessas coisas, né?!). e me lembrei de uma conversa que tive com um amigo meu quando éramos adolescentes em final de carreira.

na volta do Colégio Americano conversávamos sobre algo que não me lembro o quê, mas surgiu o assunto de que bicho gostaríamos de ser -- se pudéssemos ser bichos é claro! então ele disse que gostaria de ser uma tartaruga. mas... uma tartaruga?! -- pensei -- e perguntei o porquê. ele respondeu que era porque a tartaruga era um bicho SERENO, que ele admirava a serenidade que ela tinha. meu-Deus-do-céu! se eu já não fosse apaixonada por ele eu teria me apaixonado naquela hora!!!! além de tudo o que ele era pra mim, ele queria ser como uma tartaruga, que liiiindo!!!!

pois é... a nossa virtude de hoje é a SERENIDADE. aquele que é sereno é alguém tranqüilo, não afetado pela agitação, é calmo, sabe viver em meio a pertubação e de alguma forma não se afeta comprometendo-se com ela, é manso, tem paz!

como a serenidade é algo que tem lugar nos dias de hoje, não?! como pode! vivemos numa correria maluca, num franze-testa absurdo, nos envolvemos em questões de menor valor como se fossem coisas imprescíndiveis a nossa existência. trocamos a nossa paz de espírito por qualquer coisa, já notaram isso?

se estamos numa fila, seja qual for, e ela está lenta, nos envolvemos a pensar a respeito da demora e daí em diante estamos com a alma frenética, tomada pela falta de paz porque a fila não anda! mas, só porque a fila não anda tem valor perder a serenidade?! se a página da web está vagarosa para abrir, já pensamos em como a conexão é uma m§&#@, ou o computador é uma carroça. em questão de um minuto perdemos a tranqüilidade! e a pergunta é, mas, vale a pena deixar de estar tranqüilo por causa da lentidão de algo que vai abrir, apesar de lento?!

sem falar que estamos sempre com pressa de chegarmos a algum lugar, de fazer algo, de que alguém nos faça algo. sempre exiginos que o outro ande no nosso ritmo, faça as coisas no nosso tempo -- o que é muito curioso -- pois, além de perdermos a nossa calmaria fazemos de tudo (ainda que de forma inconsciente) para que o outro também a perca. pode isso?!

e o mais trágico de tudo é que se siceramente e imbuídos de verdade formos pensar no porquê vivemos correndo, vamos perceber que é por razões em que os resposáveis fomos nós mesmos que deixamos para a última hora algo que poderia ter sido feito antes e calmamente. ou então, por razões que fogem completamente ao nosso controle, aí mesmo que não vale a pena se desgastar, uma vez que não depende de mim ou de você.

há que existir alguma forma de trabalharmos as situações que nos fazem agir empurrados na e pela multidão inquieta. situações que nos fazem agir como autômatos, mas que tem alma -- e portanto, sofrem as consequências de um viver que não aprecie o momento.

sei que tem situações em que a agitação externa é inevitável (pegar um ônibus do Transcol as 18 horas, por exemplo 'risos'), mas busquemos uma forma de manter, ao menos, a nossa paz espírito. de manter o nosso lado de dentro manso e sereno.

queridos três, pensemos nisso e se houver algum valor em sermos pessoas que mantêm a paz interior, busquemos o seu cultivo.


sempre com carinho,

até. :)

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

... achei em minhas andanças...

queridos três leitores, espero que o final de semana tenha sido muito bom para vocês. :) vamos lá...

na semana passada tive a feliz surpresa de descobrir um blog sensível e de alma genuína. li todos os seus post's de uma única leitura e gostei de cada texto ali colocado, alguns me provacaram a reflexão, outros me emocionaram, e em outros ainnda, ri. entrei em contato com a Renata Rugai e pedi a sua permissão para colocar um de seus textos aqui, ela muito gentilmente permitiu.

então, abaixo teremos um texto do blog Um Jeito Trash Doce de Ser , publicado no dia 28 de julho de 2008, por Renata Rugai.


Mágoa

Tentei jogá-la no bueiro e a desgraçada voltou pelas
tubulações do esgoto
e apareceu no vaso sanitário, dei descarga e apareceu no ralo
do chuveiro,
liguei o chuveiro e ela se foi,
mas depois de um tempo me apareceu no tanque, e dessa
vez mais forte e mais encorpada,
eu não estava em casa e o tanque transbordou, quando
cheguei ela estava toda espalhada pela casa.
Desisti, deitei e fiquei, eu e ela, com a luz apagada e os vidros
fechados. Os dias foram passando e quando percebi ela
estava deitada na minha cama, fiquei com dó dela, não tive
coragem nem força de colocá-la pra fora, fiquei olhando ela
dormir e até achei bonito, e assim ficamos durante uns
meses, debaixo do edredon, pensando, chorando, doendo....
e assim o tempo foi passando e comecei a perceber que ela
estava encolhendo, minguando, definhando, dimunindo, fiquei
desesperada achei que ela ia sumir, quem diria, eu que queria
me livrar dela a todo custo.
Um dia acordei e ela cabia na palma da minha mão, fiquei
com ela nas mãos olhando sem parar, não dormia, não
comia, quase nem piscava com medo de que ela
desaparecesse numa fração de segundos, queria guardar
uma última imagem mesmo que microscópica, e assim
passaram-se dias mas ela misteriosamente não sumiu, só
ficou assim pequena, bem pequena do tamanho de uma
moeda.
Hj ela continua comigo, de vez em quando a carrego no bolso,
de vez em quando a deixo em casa, já não durmo mais com
ela, hj ela tem cama própria...


amada tríade, sigamos em nossa semana. bons seis dias de labuta a todos nós.
na esperança de que o nosso coração possa ficar mais leve a cada dia,

bjins a todos,

até. ;)

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Muitas coisas

Sou só pensamentos... sentimentos... reflexões e confusões...
Estou misturada, sacudida, sem enxerguar a trilha. É acontece nas melhores famílias....

Tenho muito: Salvação, perdão e paz. Vida, vida abundantemente eterna!!!!
Tenho mais que preciso: família linda, uma gostosa e minha casa, apoio, pessoas, comida, saúde (sem contar o número de vestidos novos)...
Tenho mais que sonhei, que orei e que pedi!!!

Mas não me percebo assim. Auto-estima distorcida? Pouco tempo de análise?
Sou tantas coisas e não sou excelente em nenhuma delas. Sou do tipo mais ou menos...

Mais ou menos calma, mais ou menos disciplinada, mais ou menos competente, mais ou menos bonita....

GOSTO DE VÁRIAS COISAS: não sei sou boa nelas... canto mal, toco mal, escrevo mal, pinto mal, componho mal... sou bem mais pra menos que pra mais.

À tríade, desculpem a blogterapia... coisas acontecem nas madrugadas sem dormir...

Talvez daqui uns dias tire esse triste lamento daqui. ( No melhor estilo Jeremias ou Davi)

Lágrimas

Dor:
Sabor que sorve a alma de quem pode sentí-la.
Pode, porque alguns até seriam melhores com ela...
mas a deixam escapar como sonho de que tudo é como pensamos.

Flor:
Cor da alma que a torna única.
Cheiro da dor que escorre dela.
Expressão do que se vê mas nem sempre se é.

Ser: Adicionar imagem
quem?
o que?
como?

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

dos desconhecedores-de-tormenta

pra onde vamos quando não estamos? e aonde estamos quando não somos? há pessoa dentro dentro de nós, ou nós apenas somos não? assim, como quem só sabe dizer sim, ou mesmo como o que só consegue dizer não -- há quem siga e prossiga, mas ainda sem saberes, sem certezas...

e me pego pensando... na penumbra da vida de quem vive em meio a pessoas que do viver desconhecem o gosto acre, e as inevitaveis farpas que entram na alma no exercício da vida. porque viver em meio aos desconhecedores das tormentas do existir é estar entregue a algozes.

e senão pela divindade, os que prosseguem com farpas na alma em meio aos deconhecedores-de-tormenta, não conhecem abraços, afagos, ternura, a mão amiga de quem cuida. mas, não é por crueldade que que os desconhecedore-de-tormenta exigem o ignorar das fisgadas da alma por quem as sofrem, não é por maldade que produzem dor achando que estão dando estímulo, não é com intensão de tortura que exigem o arrancar das farpas a todo custo.

é com pesar que invariavelmente constato, que há pessoas que não sabem fazer ninho e deixar que a alma machucada descanse, apenas silenciando. não sabem porque jamais aprenderam com a razão do nervo da alma, que há dores provocadas por espinhos que não podem ser retirados por qualquer um e no momento em que se quer.

há que aprendamos que "... pra tudo há uma ocasião certa; [...], tempo de chorar e tempo de rir, tempo de prantear e tempo de dançar, tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las, [...] tempo de calar e tempo de falar, [...] tempo de lutar e tempo de viver em paz."* e sobre tudo e sobre todos está aquele que tem o tempo em suas mãos, e tudo sabe.

sejamos fazedores de ninho e acolhedores de almas doídas -- e no mínimo, silenciemos diante do que não conhecemos.

amada tríade, ô como é difícil aceitar que somos apenas pessoas no aprendizado de sermos humanos, e que a dor (seja qual for) faz parte do crescer e do aprender a Ser. não é mesmo?!
com o carinho de sempre,
e na esperança de que aqueles que não sabem o que dizer e o que fazer, não digam nada e nada façam -- assim não sendo algozes.

até. ;)


*Eclesiastes 03.01-07

terça-feira, 11 de novembro de 2008

gentileza -- virtudes, a série

pessoas, aqui em Vitória desde domindo está um tempo adorável (pra quem gosta, e eu gosto), choveu horrores! tanto que chego a me perguntar em como pode ter tanta água no céu! heheheeh tudo bem, mas o que tem isso a ter com a nossa não esquecida "série virtudes" ?
pois bem... estava eu indo pra aula ontem e usando uma sombrinha (objeto de nome no mínimo curioso, uma vez que pretende proteger da chuva e não fazer sombra! 'pesquisarei ainda sobre isso' heheheh), e não só eu usava tal artefato, pois no mometo do dilúvio todos sacaram as suas sombrinhas e guarda-chuvas (nome não menos curioso do que o anterior, uma vez que ele não protege a chuva, e sim aquele que o porta, mas... 'pesquisarei também'), assim a rua estava intransitável sem atritos entre sombrinhas e guarda-chuvas.
enquanto andava rapidamente, como todos os demais eu tentava não esbarrar a minha sombrinha nos outros e desviava meus olhos daquelas pontas das sombrinhas e guarda-chuvas assasssinos (era quase uma direção defensiva!), era uma coisa! em determinado momento vi um rapaz que vinha e no instatnte em que ia colidir com umas meninas, tirou completamente seu guarda-chuva de sobre si para que elas passassem com as suas sombrinhas sem se atrapalharem.
querida tríade, apesar da chuvarada e do corre-corre, aquela cena ficou em mim como uma foto mental. e segui pensando no gesto do rapaz que não pensou em si, que foi delicado, generoso, que foi fino, e sim creio -- que foi gentil. ele usou de GENTILEZA naquele momento.
que lindo! a gentileza não é algo retumbante, não precisa de tapete vermelho. ela é tranqüila, passa quase despercebida, cabe em qualquer lugar, ela é modesta, é sensível e para os sensíveis. ela se apresenta nos pequenos gestos, ela é dada as miudezas das relações.
a gentileza é uma faceta da educação, ela demosntra o quanto já somos gente, o quanto já somos humanizados.
enquanto estou aqui escrevendo estou pensando que ser gentil é uma questão de aprendizado, e só os sensíveis buscam tal toque de beleza para as suas relações. é... ser gentil é aplicar toques de beleza nos seus contatos cotidianos. isso é belíssimo! e são esses pequenos mimos de beleza que trazem o frescor e a leveza, que ventilam nossos contatos com as pessoas que convivemos.
a gentileza provavelmente deve fazer mais bem a quem o é do que a quem a recebe, é... isso eu não sei! hehehe mas já sei que quero ser alguém gentil :) preciso de sê-lo, afinal estou rumando a ser gente e não posso abrir mão de algo tão significativo no exercício de ser humano.
pois é...espero lograr êxito nesse meu mais novo empreendimento!
bjinhos, querida tríade!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

... e o monstro tava dentro de mim!

gente, como pode?! saí de casa a encarnação da derrota pra pegar de frente -- muito embora não o quisesse -- o monstro que me atemorizava. cheguei lá e nem tinha forças pra sentir mais nada de ruim (e de bom que não ia sentir mesmo, né?!). por enquanto está tudo certo!

e no final de tudo o monstro tava dentro dentro de mim -- ê ansiedade filha da puta!

confie em quem você pode confiar minha alma!

bjinhos, amada tríade :)

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Aptos à Transcendência

antes desse blog que é composto por três anas -- embora não pareça -- eu tive um só meu! mas não deu em muita coisa, teve pouco tempo de vida!!!! ontem estava lendo um texto que nele publiquei no dia 19 de outubro de 2006, dois anos passaram!!! e decidi publicá-lo mais uma vez, pois é... vamos lá:


APTOS À TRANSCENDÊNCIA

Estou a vinte e três horas sem dormir. Não. Não estou participando de algum concurso, desses que levam as pessoas à exaustão, até que ao fim “sobreviva” apenas um. Tenho sofrido de uma insônia que creio já ser uma “amiga” (e das mais fiéis). Assim, durante estas últimas horas alternei em deitar-me na cama e sentar-me à frente do computador, a espera do sono chegar.

A quinze anos passados seria inimaginável a quantidade de lugares que percorri no Google Earth, e o sem fim de informações que passaram pelos meus olhos em tão pouco tempo. Isso sem mencionar as pessoas com quem conversei e joguei xadrez (essas eu jamais vi). Agora exausta, percebo que pouco me lembro do que li e dos “lugares em que eu fui”. E as pessoas com quem conversei? Delas eu nem sei os seus nomes.

É consenso que vivemos no século da informação, que a tecnologia já se estabeleceu e que nós é que precisamos nos adequar a ela. Aliás, esse é um fato curioso, o novo chegou para nos facilitar a vida, mas, nós é que temos de nos ajustar ao que ele traz — realmente sou do século passado!

Não faço parte dos que desejam um retorno (em absoluto impossível) aos velhos tempos, eles já passaram e não voltarão jamais. Entretanto, tal impossibilidade não diz respeito a uma volta ao interior de nós mesmos, numa expedição cujo o alvo é a descoberta de quem nós somos.

No meio de todo o “barulho” que a modernidade produz não temos percebido que há algo mais do que esta infindável necessidade de sempre estarmos em dia com “lá se sabe o quê”. Somos feitos para a transcendência. Isso é facilmente notado quando nos apercebemos insatisfeitos diante daquilo que acabamos de obter e que noutro momento era a nossa “chave da felicidade”.

Se conseguíssemos ter em nossas mentes a imagem de uma nova realidade onde o nosso eu encontra o seu lugar de origem, cabalmente romperíamos com a armadura que pensamos imprescindível à nossa permanência na Terra.

Todos nós somos aptos a transcender, o que nos tem faltado é a compreensão de que estamos insatisfeitos com a nossa existência. Esta insatisfação bendita só é real quando nos impele a um estágio que mais cedo, ou, mais tarde, nos trará mais intensa inquietação e desejo de “sair pra fora” e desta forma sucessivas vezes até o dia em que o mais resistente dos seres humanos também transcenderá — romperemos com o nosso corpo físico.

A Paz.

Até.

pensamentando -- do outro em nós

estava pensando agora a pouco em como há coisas que não entendo (risos), é verdade que não entendo a maioria das coisas!

mas, tava refletindo em como alguém que jamais vimos, e por isso não chegou a morar dentro de nós -- portanto, nunca nos fez falta. pode de repente passar fazer parte de nossa vida. assim, primeiro conhecemos e depois convivemos, e pronto! sem saber como e nem por que não saberíamos mais viver sem essa pessoa. isso não é estranho?!

sei lá! e como saberia?! tem coisa mais simples na vida que eu não sei, né?!

valeu pessoal!!!

bjinhos,

sempre com carinho ;)

sábado, 18 de outubro de 2008

... aprendi na terapia...

novamente estou insone. os passarinhos já começaram a cantar... que cantem, pois felizes estão! é... já eu não posso dizer o mesmo de mim, uma vez que eu não canto nada! e nem mesmo feliz estou! (risos)
falando em felicidade, essa tal não é minha conhecida, pouco a vejo e quando nos encontramos é muito rápido. sabe, por causa dela já fiz terapia... lá descobri algumas coisas, inclusive que sou feliz à minha maneira. e que cada um o é a sua. eu por exemplo, sou feliz com traços fortes de melancolia.
ô tríade, nem sei porque cheguei nesse assunto, mas já que aqui estamos direi mais uma coisa que aprendi durante meu tempo de terapia. que mais me vale ter paz do que essa tão almejada felicidade constante -- creio que ela não exista (ao menos como algo freqüente em nossas vidas).
a paz... essa sim, essa pode ser constante em nossas vidas se cuidarmos dela, e do que nos cerca fora e dentro de nós.
falando nisso, no final da noite passada não tomei conta de mim e perdi a minha paz -- razão que não consegui dormir. estou inquieta e insone! mas... a paz sempre volta, eu já a prendi! :)
queridos três, bom final de semana!!! ;)
até.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

sensibilidade

olá, gente! mais uma vez apareço depois de um período de sumiço, bem... isso já é uma constante né?! nem comentarei... mas... juro que venho aqui sempre pra dizer algo, mas acontece que não acontece!! (risos)

sou alguém que gosto de música. não sou daquelas pessoas que não vivem sem uma musiquinha rolando. eu aprecio também períodos sem música, porque também gosto do silêncio. e assim vou vivendo...

ultimamente tenho ouvido muitas coisas e de todos os gêneros, como sempre -- excetuando samba e os amiguinhos dele (é... "... devo ser doente do pé..."). E em minhas andanças em sites de baixar músicas descobri uma do Fábio de Melo, que a letra me deixou profundamente pensativa (no mínimo). então resolvi colocar aqui para que a querida tríade também possa refletir em algo tão sensível, e quem saiba até fazer uma comentariosinho aí em baixo (risos):

===§===

CONTRÁRIOS
Letra: Fábio de Melo

Só quem já provou a dor
Quem sofreu, se amargurou
Viu a cruz e a vida em tons reais

Quem no certo procurou
Mas no errado se perdeu
precisou saber recomeçar

Só quem já perdeu na vida sabe o que é ganhar
Porque encontrou na derrota algum motivo para lutar

E assim viu no outono a primavera
Descobriu que é no conflito que a vida faz crescer

Que o verso tem reverso
Que o direito tem o avesso
Que o de graça tem seu preço
Que a vida tem contrários
E a saudade é um lugar
Que só chega quem amou
E o ódio é uma forma tão estranha de amar

Que o perto tem distâncias
E o esquerdo tem direito
Que a resposta tem pergunta
E o problema solução
E que o amor começa aqui
No contrário que há em mim
E a sombra só existe quando brilha alguma luz.

Só quem soube duvidar
Pôde enfim acreditar
Viu sem ver e amou sem aprisionar

Quem no pouco se encontrou
Aprendeu multiplicar
Descobriu o dom de eternizar

Só quem perdoou na vida sabe o que é amar
Porque aprendeu que o amor só é amor
Se já provou alguma dor
E assim viu grandeza na miséria
Descobriu que é no limite
Que o amor pode nascer


Quem desejar ouvir a música (a qualidade não está muito boa, mas...)

Pois é queridos, bjinhos e boa semana! :)

sábado, 27 de setembro de 2008

ao olhar ao meu redor...

pois é... ando meio assim... sempre assim... (heheehe) tendo o que dizer, mas sem conseguir colocar aqui nesse espaço nosso :), mas vamos lá!

ja deixei claro, outro dia, que presto atenção nas coisas pequenas da vida, do cotidiano... na semana passada estava voltando da locadora de vídeo e a rua em que eu passava estava sendo mexida pela PMV. havia um trabalhador varrendo a terra que estava sobre parte do asfalto, no instante em que foi varrer a tampa de ferro que fica no meio da pista, observei que o fez com tanta leveza, muito cuidado... eu diria que até com um certo carinho... fiquei encantada!

um trabalhador de serviço tido como pesado (e de verdade pesado!) sendo tão leve no exercício do seu afazer. e fiquei pensando nisso... até agora penso naquela cena -- um homem que trabalha com materiais sem vida sendo tão zeloso... e eu que exerço o meu existir com materiais humanos, na maioria das vezes sem cuidado. por vezes desajeitada, faltando com a leveza necessária à relação.

mas, sou insistente e continuarei a seguir meu trecho -- e creio que a melhora é o meu destino, afinal tenho me aplicado a aprender ser gente. e meus queridos, como é difícil esse lance de ser gente, não é?!

dessa forma... vou saindo desse nosso contato (ehehe).

amanhã é o início de mais uma semana e a continuação de nossas vidas nem um pouco paradas, não é?! pois bem...

a paz e leveza a todos nós!

bjinhos, :)

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

eu, de volta

Gente! tem mais de um mês que não venho aqui! quanto tempo!!! Acho que vou contratar uma diarista pra limpar a poeira! hehehehe

Já peço desculpas aos nossos três leitores! É que a vida tem estado meio... (melhor nem dizer, né?!) Pois é... estou propondo a mim mesma vir mais vezes aqui agora :) .

Hoje vou colocar um poema que amei e é de uma poeta que simplismente adoro, lá vai:

*&*

Cegueira Bendita*

Ando perdida nestes sonhos verdes
De ter nascido e não saber quem sou,
Ando ceguinha a tatear paredes
E nem ao menos sei quem me cegou!

Não vejo nada, tudo é morto e vago...
E a minha alma cega, ao abandono
Faz-me lembrar o nenúfar dum lago
'stendendo as asas brancas cor do sonho...

Ter dentro d'alma na luz de todo o mundo
E não ver nada nesse mar sem fundo,
Poetas meus irmãos, triste sorte!...

E chamam-nos a nós iluminados!
Pobres cegos sem culpas, sem pecados,
A sofrer pelos outros té a morte!

*Florbela Espanca, Trocando Olhares, 24 de abril de 1917.

*&*

Pois é, amada tríade, espero ter voltado para mais um longo período de presença! ;)

segunda-feira, 14 de julho de 2008

prefiro um sacana confesso à um pseudo sábio professo

... sabe, eu tenho algumas dificuldades em minha vida ─ é verdade que estou sendo modesta ao dizer algumas dificuldades, mas... hoje fui acometida por intransponível modéstia (hehehhehe).

bem, não me acho, e sei que em definitivo não sou padrão para medir os outros por mim. e assim me empenho em viver a minha vida olhando o outro e raciocinando sempre a respeito de nossas diferenças. não raramente, após estas breves reflexões, percebo a riqueza da diferença entre as pessoas e opto, ou não, por seguir escolhendo conviver com tais pessoas ─ quase sempre ganho por tais escolhas.

mas... como já disse tenho dificuldades... e uma delas é perceber que a pessoa preconceituosa e, portanto ─ feia. também é pessoa diferente de mim (ao menos naquele instante) e que deve ser alvo, ou não, da minha escolha. tenho, me esforçado para estar perto o suficiente destes para enxergar o de bom que eles tem. mas reconheço que tenho uma enorme vontade de mandar um filha da puta preconceituoso para a porta do inferno! mas... não é bem assim. e aí vamos para outra dificuldade/franqueza minha...

... sou razamente profunda no meu esforço contra a minha profunda intolerância com aqueles que acho feio. e não seja bobo ao pensar que estou falando em feiúra física.

tenho agido com intolerância com aqueles que se arrogam os detentores do saber. os mesmos que se acham os paradigmas da boa moral e das boas práticas. e que em suas atitudes (porque os seus discursos são impecáveis) oprimem, achacam, desestimulam, trucidam psicologicamente as pessoas em nome de seus egos cegos que não enxergam a distinção entre seus discursos e do exercício diário contra àqueles que deveriam ser alvos da prática das tão belas palavras por eles propaladas.

posto, que estou em clima de confissões e reflexões, direi que me sinto melhor acompanhada por um sacana confesso do que por um arauto da pseudo sabedoria professa.

viver... viver é fácil. difícil mesmo é conviver. porque, se envolve o outro, a mim também envolve. e se outro por mim é visto como feio ─ meus olhos nele não estão vendo a beleza que há (porque até mesmo os feios tem belezas).

bem, isso tudo é uma joça complicada e acho que o nome dela é convivência mesmo.

assim dito, assumo pra vocês, nossos três fiéis leitores e terapeutas, que tenho nesses últimos dias tido vontade de agarrar alguns (bem poucos) pescoços ao ponto de... ao ponto de nada! só queria mesmo extravasar as minhas frustrações.

assim, seguirei a minha vida seguindo a Vida.

bjinhos sempre carinhosos :)

e boa semana a todos nós.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

pensamentando + confições

agora é madrugada (03:41) de segunda-feira, estou com sono, mas não consigo dormir, fazer o que né?! heheh
li um pouquinho e depois resolvi falar com Deus por um tempo, me fez bem -- sempre faz.
dentre alguns assuntos nossos eu pedi a ele para me retirar as presas de serpente que inoculam veneno no meu próximo. é verdade que não sou uma das melhores serpentes que eu conheço não. mas, sempre fico com medo de magoar as pessoas ao invés de acrescentá-las com algo positivo. e de mais a mais é sempre bom deixar Deus ver nossa dentição espiritual. hehehehhhe
depois fiquei pensando em algumas coisas que as vezes acontecem no meio dos que professam seguir a Cristo. Caramba! ta tão complicado!
é tanta gente com idéias distantes da verdade -- a verdade é Jesus. há pessoas relativizando a bíblia (sei que isso dá pano pra muitas mangas), e assim colocando a própria mensagem de Cristo em cheque. tudo tá muito confuso. vivemos nos tempos de Paulo a Timóteo, não tenho dúvida. e tenho estado precisando a cada dia mais de Cristo em mim e eu nele.
sabem, eu fico vendo que Jesus vai voltar -- a despeito de teologias e teologias -- e que boa parte do povo está olhando para qualquer lugar, menos para a verdade e a verdade é Jesus.
eu sempre me pergunto, se a minha "cara" está a "cara" de Cristo -- afinal eu sou cristã.
ai! acho que eu tenho usado esse blog meio como terapia! hehhehe ouvi alguém dizer sobre blogterapia (acho que tou fazendo isso!! heehehhehehhehe).
posto assim, hoje me despeço agradecendo a sua paciência em me ouvir falar sobre parte da minha madrugada, e também ouvir minhas confissões a respeito de minhas preocupações.
obrigada. e boa semana a todos vocês (três leitores fiéis!).

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Viver



Já postei algumas coisas coisas sobre a vida e a beleza de viver.

Apesar de alguns dias preferir estar no céu e já ter deixado esta vida pra tras há muito.

Sou inconstante. Parecida com a outra ana que escreve. rsrsrsrsrssr

Um dia estou assim e outro muito assado. Mas isso também é belo, não?

Há duas semanas atrás estava orando e perguntando a Deus porque tantas pessoas compartilham ver promessas de Deus sendo cumpridas em suas vidas e eu pareço não sair do lugar? Porque muitos vão e eu pareço estática? (de vez em quando em oração faço a "série lamentações" rsrsrsrsrsrs)

Estava sentindo Deus distante (ou eu distante?), me sentindo pecadora (ainda estou!), sem água em terra seca (hoje não estou!).

Passo estações me lamentando de como sou incapaz, etc..., etc..., etc...

E pedindo, e clamando, e buscando os sonhos de Deus pra mim, e procurando como quem ainda precisa achar algo, ser algo....

Mas quando vejo algo que era sonho se materializar, virar realidade em minhas mãos (como nesta semana). Fico Feliz!!!!?????? Às vezes NÃO!!!!

NÃO? Pergunto-me: o que há?

Penso a resposta ser o medo. De ter e falhar. De alcançar e deixar fugir.

Mas a beleza da vida não é essa:VIVER?

Tento relaxar e aproveitar os presentes recebidos do céu. Descansar na verdade de que se ELE trouxe coisas que não existiam a existência é capaz de capacitar-me para a condução delas.

Viver o dia! Aproveitá-lo! Sem deixar a ansiedade me assaltar, me consumir, me fazer viver o que ainda não aconteceu e provavelmente NUNCA acontecerá.

Posso curitr MEU PAI CELESTIAL, desfrutar Sua companhia tão desinteressada, Seu amor tão acolhedor, Suas promessas que sempre se cumprem em tempo oportuno, como hoje.

Estou prestes a saltar mais uma vez para o novo de DEUS. Para o desconhecido, que por ELE conhecer tão bem entregou-o para mim.


Vou olhar para o céu e cantar novas canções!!!




ei feibi

Você sabe que escrever é algo de doido, né? Tão ambíguo, tão intenso, tão tantas coisas...

Ser lido não é fácil!!! Ainda mais quando se escreve verdades da alma e sem máscaras se diz o que rola no peito...

Mas há sua recompensa!!!

Nesse texto da série virtudes indignação e inconformismo descobri que tenho essas virtudes.

Ler-me fez você descobrir em mim algo que nunca havia parado para refletir que possuia.

E ter virtude é algo tão raro...rsrsrsrsrsrsrrsrsrsrrsrsrsrrsrsr

Valeu ter exposto minha indignação.

Valeu ser lida e interpretada.

Sabe que nem sempre é doce assim. Mas, estar livre é também estar disposto a receber o bem e o mal.

OBS: Ia postar como comentário do seu texto mas resolvi compartilhar mais amplamente um pouco mais de mim.

de espelhos e Jesus

os espelhos segundo alguns estudiosos surgiram por volta de 3.000 a.C. e possivelmente inspirados pela superfície da água que permitia as pessoas contemplar a si mesmas.

neste período, a idade do bronze, as pessoas poliam com areia os metais o que proporcionava um espelho rudimentar que refletia apenas os contornos e formas das pessoas.

foi somente no séc. XIII que começaram a surgir os primeiros espelhos como temos hoje. eram feitos por artesãos de Veneza, Itália. eram cobertos com uma fina camada refletora.

hoje não saberíamos viver sem espelhos, por onde vamos estes estão presentes, e com os mais variados usos.

mais imediatamente em nossas vidas os espelhos mostram como estamos, permite que vejamos a nossa face, e o nosso corpo.

o espelho é algo que me aguça o pensamento. ele mostra exatamente o corpo que está diante dele. mas, ele não mostra a pessoa que está em frente a ele.

ele não mostra nossos estados internos, nossos pensamentos. ele não mostra as nossas feiúras, e nem as nossas belezas. ele não reflete as nossas dificuldades com as pessoas que não queremos bem. nem o nosso amor para com aqueles que muito estimamos. enfim, inexiste o espelho que revele o nosso verdadeiro eu.

na falta desse espelho precisamos viver constantemente olhando para o Cristo durante a nossa caminhada. pois, ao olharmos para ele veremos a distancia do que somos e do que deveríamos ser.

Jesus Cristo não tecia comentários ruins a cerca das pessoas. Ele não se ajuntava com as pessoas para difamar alguém. Ele não tinha problemas com indivíduos que simplesmente “ele não ia com a cara”. Jesus não criticava as pessoas para parecer melhor do que elas e assim ganhar reconhecimento em seu meio. outra coisa, Jesus não feria as pessoas (ao contrário, ele levava a cura). Jesus não se alegrava quando alguém “se dava mal” (ele oferecia a sua mão para colocá-lo no devido caminho). da boca de Jesus não saíram palavras que visassem a ofensa direta ao seu semelhante. mais uma coisa lindíssima, Jesus sabia tudo sobre todas as pessoas, e nem por isso saía contando àqueles com quem ele conversava.

é certo que há muito mais coisas sobre Jesus Cristo que podemos usar como parâmetros para nos avaliarmos, basta uma leitura nos evangelhos e veremos.

eu me pergunto certas vezes se algumas pessoas não possuem espelho em casa para saírem como saem vestidas, mas isso é pura futilidade!

pois, o que mais me intriga e constrange é me perguntar: será que eu não tenho Jesus para me comparar a ele e ver a distancia que há entre ele e eu. e o quanto falta eu mudar?

sendo Jesus de certa forma o nosso espelho eu pergunto e me pergunto:

“cara, você não tem espelho em casa não?”

sempre com carinho, até a próxima. :-)