terça-feira, 18 de novembro de 2008

serenidade -- virtudes, a série

querida tríade, vocês não imaginam como Vitória está maravilhosa, choveu muito e agora está nublado e garoando, que delícia!!! (Amelly, hoje não tenho inveja de você!! 'tudo bem que aqui não tem neve').

ontem eu estava pensando em qual virtude postar aqui, e a minha mente me levou bem looonge (ela tem dessas coisas, né?!). e me lembrei de uma conversa que tive com um amigo meu quando éramos adolescentes em final de carreira.

na volta do Colégio Americano conversávamos sobre algo que não me lembro o quê, mas surgiu o assunto de que bicho gostaríamos de ser -- se pudéssemos ser bichos é claro! então ele disse que gostaria de ser uma tartaruga. mas... uma tartaruga?! -- pensei -- e perguntei o porquê. ele respondeu que era porque a tartaruga era um bicho SERENO, que ele admirava a serenidade que ela tinha. meu-Deus-do-céu! se eu já não fosse apaixonada por ele eu teria me apaixonado naquela hora!!!! além de tudo o que ele era pra mim, ele queria ser como uma tartaruga, que liiiindo!!!!

pois é... a nossa virtude de hoje é a SERENIDADE. aquele que é sereno é alguém tranqüilo, não afetado pela agitação, é calmo, sabe viver em meio a pertubação e de alguma forma não se afeta comprometendo-se com ela, é manso, tem paz!

como a serenidade é algo que tem lugar nos dias de hoje, não?! como pode! vivemos numa correria maluca, num franze-testa absurdo, nos envolvemos em questões de menor valor como se fossem coisas imprescíndiveis a nossa existência. trocamos a nossa paz de espírito por qualquer coisa, já notaram isso?

se estamos numa fila, seja qual for, e ela está lenta, nos envolvemos a pensar a respeito da demora e daí em diante estamos com a alma frenética, tomada pela falta de paz porque a fila não anda! mas, só porque a fila não anda tem valor perder a serenidade?! se a página da web está vagarosa para abrir, já pensamos em como a conexão é uma m§&#@, ou o computador é uma carroça. em questão de um minuto perdemos a tranqüilidade! e a pergunta é, mas, vale a pena deixar de estar tranqüilo por causa da lentidão de algo que vai abrir, apesar de lento?!

sem falar que estamos sempre com pressa de chegarmos a algum lugar, de fazer algo, de que alguém nos faça algo. sempre exiginos que o outro ande no nosso ritmo, faça as coisas no nosso tempo -- o que é muito curioso -- pois, além de perdermos a nossa calmaria fazemos de tudo (ainda que de forma inconsciente) para que o outro também a perca. pode isso?!

e o mais trágico de tudo é que se siceramente e imbuídos de verdade formos pensar no porquê vivemos correndo, vamos perceber que é por razões em que os resposáveis fomos nós mesmos que deixamos para a última hora algo que poderia ter sido feito antes e calmamente. ou então, por razões que fogem completamente ao nosso controle, aí mesmo que não vale a pena se desgastar, uma vez que não depende de mim ou de você.

há que existir alguma forma de trabalharmos as situações que nos fazem agir empurrados na e pela multidão inquieta. situações que nos fazem agir como autômatos, mas que tem alma -- e portanto, sofrem as consequências de um viver que não aprecie o momento.

sei que tem situações em que a agitação externa é inevitável (pegar um ônibus do Transcol as 18 horas, por exemplo 'risos'), mas busquemos uma forma de manter, ao menos, a nossa paz espírito. de manter o nosso lado de dentro manso e sereno.

queridos três, pensemos nisso e se houver algum valor em sermos pessoas que mantêm a paz interior, busquemos o seu cultivo.


sempre com carinho,

até. :)

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