segunda-feira, 15 de dezembro de 2008


A chuva continua. Fina, fria, continua sem dar trégua aos desabrigados e sem luz a mim.
Quando vejo o mínimo raio de sol pela janela sinto-me o "Homem Pássaro" e corro a aproveitar-lhe os raios, na maioria, cândidos e sem tanta força.
Sei que milhares de Anas por aí descordariam de mim, inclusive minha Ana companheira, mas o Sol traz seu prazer, seu vigor, sua vida, a nós e a Terra.
Ontem como hoje amanheceu chovendo. Mas ocorreu-me um pensamento diferente. Imaginei o céu chorando.
Sei que Deus ama estar junto aos seus em perfeita comunhão, e receber Tia Elza Gandine deve ter causado uma baita recepção.
Mas doeu o afastamento físico. Vê-la na cozinha do retiro, agradando a todos, incansável, simples, amável é perda para todos.
À família, minha oração ao Espírito Consolador, ao Pai que sabe de todas as coisas o muito obrigada pelos anos ao lado desta serva do Altíssimo.
E nas palavras do filho Rogério Gandine: "Aprendi com minha mãe a amar intensamente e amar intensamente é amar simplesmente, amar nos detalhes" (como o fez o Mestre).
A mim, que Deus me dê graça para aceitar as perdas e separações (tenho dificuldade) e misericórdia para amar como Jesus amou, como Tia Elza amou.

segunda-feira

gente, acabei de estar com o meu amiguinho Rivo, ele é ótimo! estou mais calminha e a praga da ansiedade está mais domesticada!

hoje como de outras vezes eu não tenho nada a dizer. e como só escrevem -- ou deveriam -- escrever os que tem o que dizer, estou aqui a cometer um ato tolo, mas viva a tolice!!!

abrindo a nossa semana sigo a máxima que uma imagem vale mais do que mil palavras.

boa semana a todos vocês!
bjinhos,

até.
:)

sábado, 13 de dezembro de 2008

um tanto amassada...

sabe... hoje estou me sentindo como que pelo lado do avesso -- um tanto amassada. daqui a pouco irei ao sepultamento de uma pessoa querida, mãe de um amigo querido (ambos dispensam o "muito" querido(a). porque são plenamente queridos).

a morte é algo que me deixa no ar, diante dela perco o chão, e não só as mortes das pessoas queridas. é o fato de saber que alguém que existia materialmente não mais existe. é o fato de alguém cessar. de um dia estar e no outro deixar de estar.

não é angústia o que sinto diante da mais concreta certeza -- a morte. não é medo de morrer (muito embora, tenha medo de ter uma morte sofrida), pois sei para onde irei depois da minha. de verdade perante a ela sinto como se fosse dado uma pausa na vida e o momento vivido por mim estivesse congelado -- sem som, sem movimento, sem pensamento, sem nada. é como se o próprio nada abocanhasse a minha alma, pois que nem perplexa eu fico.

e assim nessa manhã chuvosa, me sinto triste e um tanto amassada.

mas, o que vale não é como me sindo diante da inflexível morte. o importante é que Elza Gandini da Silva na tarde do dia 12 de dezembro de 2008 fez seu Grande Encontro -- saiu de diante dos olhos humanos, e com os seus próprios olhos está vendo o Pai, o seu Pai celeste. esta é a verdade que tem o poder para confortar a sua família, e assim seja.

até.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

recebi por e-mail

queridos três, tem algum tempo que recebi esse lance de uma amiga, por e-mail, eu já ri muito, acho tão ingênuo! então resolvi colocar aqui!

bom final de semana pra todos! ;)

até.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

eu outra vez de volta :)

tríade querida, estou de volta! bem mais leve, bem menos tensa, bem mais bem!!! :-) finalmente chegou ao fim mais um período da faculdade. e nem creio que passei sem entrar em provas finais!!

pois bem, agora estamos nós quatro aqui outra vez, e aí?! e daí?! só me resta perguntar "E agora José?" (risos), é... boa idéia! hoje teremos Drumont* pra degustar! que tal?!

José*

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio — e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?


queridos, não é de se pensar? eu, pelo menos, continuo a pensar nos versos deste poema.

agora que estou de volta, de volta estarei!

bjinhos a todos :)

até.

*Carlos Drumont de Andrade, *a respeito.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Pra decidir e largar


Li esta história num site de reflexões... É sempre bom parar e pensar um pouco sobre o que estamos carregando no colo. O que aconteceu a duas horas atrás já não existe se o que vivemos agora nos diz o contrário...


Deixando o passado pra trás


Na vida que em geral levamos há muita solidão.

Nossa vida está tão repleta de influências, de conhecimentos, de memórias e experiências, de ansiedade, aflição e conflito, que nossa mente se torna cada vez mais embotada e insensível, funcionando numa monótona rotina.

E mesmo assim nos sentimos sós.Estamos sós, alguma vez? Ou estamos transportando conosco todas as cargas do passado?

Conta-se uma história interessante de dois monges que, caminhando de uma aldeia para outra, encontraram uma jovem sentada à margem de um rio, a chorar.

Um dos monges dirigiu-se a ela, dizendo: "Irmã, por que choras?".

E ela respondeu: "Estás vendo aquela casa do outro lado do rio? Eu vim para este lado hoje de manhã e não tive dificuldade em vadear o rio; mas agora ele engrossou e não posso voltar; não há nenhum barco.

"Oh! - disse o monge -, "isto não é problema" - e levantou nos braços a jovem e atravessou o rio, deixando-a na outra margem.

Em seguida, os dois monges prosseguiram juntos a viagem.

Passadas algumas horas, disse o outro monge: "Irmão, nós fizemos o voto de nunca tocar numa mulher. O que fizestes é um horrível pecado. Não sentiste prazer, uma sensação extraordinária, ao tocar uma mulher?"

E o outro monge respondeu:- "Eu a deixei para trás há duas horas.

Mas tu ainda a estás carregando, não é verdade?


Estamos sós? Ou estamos transportando conosco todas as cargas do passado?

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A pedido

Não sou do tipo que escreveria um livro de auto-ajuda. Tenho certeza.

Por muitas razões... A primeira delas é que acho que como seres únicos, que somos, temos experiências únicas que não são repetidas. Também, porque caminhar junto é bem melhor. Diz a Bíblia que se "dois caminharem juntos irão mais longe, se um cair o outro o levanta, se sentirem frio se aquentarão".

Mas, a pedido de uma amiga, a quem amo, citarei alguns pontos que conversamos e que não tem a intenção de ser uma receita de bolo mas um espaço para a reflexão enquanto caminhamos na DURA vida.

1. NÃO JOGUE SE VOCÊ ESTÁ EM JOGO.

É melhor a verdade. É mais difícil... Dói mais, às vezes nos humilha mas poderemos viver sabendo que fomos completos, inteiros, de valor.

2. TUDO VAI PASSAR!!!

Dizem os ditados, as anedotas e a Bíblia que TUDO passa. A maior alegria perde seu brilho. A maior dor deixa suas cicatrizes mas perde sua intensidade por completo. A cicatriz lembra o fato, mas a emoção se foi.

TUDO PASSA!!! "Não a mal que dure eternamente, nem bem que perdure para sempre". As épocas serão diferentes, mas sempre que sofrermos, cresceremos e seremos bem melhores.

TUDO PASSA!!! E depois fica bem melhor!!! (experiência própria)

3. SEGURE A "ONDA" DENTRO DA SUA CABEÇA!!!!

Não pilhe quem passar pela frente... e NADA de fofoqueiros!!! (raça pior que os da prostituição, esses normalmente, só fazem mal a si mesmo).

Terapêutas existem pra isso, remédios controlados (em época definida) e amigos verdadeiros também.

Os que estão sensíveis e confusos emocionalmente precisam de cafuné (e outras cositas mais).

4. SEJA QUEM VOCÊ É.

Linda, divertida, inteligente, atraente... Dona da sua vida, das suas escolhas, dos limites que você estabeleceu, da sua casa, do seu nariz...

Seja mãe MARAVILHOSA pra suas filhas, esposa DELICIOSA ao seu marido (você sabe como ).

Seja quem você é e viva o que tem: O SEU PRESENTE. O DIA DE HOJE!!!!

Como será daqui um ano? Você estará morando na Irlanda? Estará viva? Rica? IMPOSSÍVEL SABER!!!

SEJA HOJE, VIVA HOJE!!! (não bata as mesmas lajes, suba e bata outras).

5. VALE A PENA!!!

Investir, ser quem somos, acreditar que vai dar certo!!!!

As coisas não vão rápido como nos filmes da TV (aproximadamente 1h40min). Mas vale a pena!!!!

Um dia dói muito, dá vontade de desistir. No outro ficou mais leve. Mas TUDO PASSARÁ!!!! TUDO FICARÁ NO PASSADO E PODEREMOS VIVER UM PRESENTE BEM MELHOR!!!!!

Até o Roberto Carlos disse isso...

6. NÃO DESISTA!!!

Caminhe mais... Tente mais... Vá mais além... Espere mais...

Será muito boa a sensação de que se fez tudo e valeu a pena. A construção deu trabalho, foi árdua, mas trouxe cumplicidade, admiração e mais muito mais amor!

Essa foi a minha experiência. Pode ser a sua.

Estou à disposição.

OBS: Deus existe. Está agora ao seu lado. Te ouve. Peça a Ele que se mostre a você. Só isso!

sábado, 29 de novembro de 2008

Poema "A tempestade"

No post anterior escrevi ao léu algumas coisas que estava pensando do que acontece quando enfrentamos tempestades severas na caminhada da lida. Agora segue um poema meu sobre o mesmo tema:

"A Tempestade"

Barulho na imensidão,
brilho nos olhos da alma
fruto de clarão vindo do céu
voz que não fala mas não cala

É destruição que pode tudo levar ao léu
No coração silêncio que a incerteza traz
no corpo o grito que a agonia do não saber
faz crer no que não existe, que é mar, é céu

Agito, pranto, lamento
- assunto no pensamento
Como não viver o que se vê?
Como não fazer o que se quer?
Como ir além da água que sobrevém?

É tempestade
Chuva, relâmpago, trovão
É enchente dentro de si
É tempestade, não dá pra dizer que não

Vindo a tempestade




Antes de chegar você não sabe mensurá-la...
Trará avarias? Serão irreparáveis? Quais seqüelas permanecerão?
Em meio a ela, tudo muda...
Não se vê com clareza... O sentimento é de infindável fim.
As águas transtornam mas lavam, renovam, brotam novas fontes, abrem caminhos.
É difícil, amedrontadora... mas vale a pena!!!!

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Pensando sobre "uma frase"

Pensei sobre o texto abaixo.

Apesar de curto nas linhas, imenso em suas implicações.

A princípio, fiquei com vontade de esconder o rosto num buraco (feito avestruz).
Pensei, meditei, refleti e a vontade não passou ( e olha que dizem que elas, as vontades, dão e vão).

Não tenho muito mais o que dizer sobre o assunto.

Apenas um algo mais me ocorreu: "Jesus Cristo - uma frase".

Ele é a frase.

A frase eterna. A que sem palavras diz tudo.

Ele é a frase da humanidade sobre suas mazelas e desesperanças.

Ele, sim, Ele: JESUS CRISTO é a frase.

Que, por vezes, de tanta fraqueza eu não consigo pronunciar. A frase, que pela minha humanidade faz corar minha face.

A frase da qual dependo, a qual amo.

Mesmo quando meu infiel coração leva os outros ou a mim mesma pensar que não.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Jesus Cristo - uma frase

tenho pensado em algumas coisas... na verdade tenho sido invadida por pensamentos... e outros orbitam ao redor de mim mesma. tenho vontade de expulsá-los de ao redor de mim, mas nehum deles me obedecem!
e assim não tenho conseguido deixar de pensar numa frase do meu mestre:


"... aquele dentre vós que está sem pecado seja o primeiro que lhe atire uma pedra." _Jesus Cristo_

é de se pensar, não?!

valeu amada tríade!
bjin,

até. :)

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Falando de amor III


Estou um poço de ansiedade (afinal aqui também é blogterapia...)
Após o texto da Ana acerca da sua amiga que escreve textos excelentes e nunca tem coragem de os publicar, no mínimo, tive gelada a minha alma. Que tipos de textos escrevo? Que tipo de pensamentos tenho? Como ouso expor-me?

Frustrações à parte... "A boca fala do que o coração está cheio" (Provérbio de Salomão).

Tenho pensado sobre o que me leva a amar? O que nos leva a amarmo-nos?

Entregar coisas íntimas a um outro muitas vezes desconhecido... (pelo menos até então).
Dizer as pessoas o que depois será usado contra nós...
Adentrar como num portal onde tudo faz sentido e, o tal do amor, traz significado ao insignificante.

É o salto em suas sensações.

É o absurdo vivenciado pela humanidade.

É o que me falta que procuro no outro? Ou o que nos duplica que nos atrai?

E vamos caminhando sendo atraídos e repulsados. Como um ímã, um nó que não se desata nem se o quer desatar.

Amamos.

Muitos: Vários personagens, companheiro, filho, pai, mãe, avós, conhecidos, transeuntes.

Nos compadecemos; sentimos; mas de repente afffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffff...

Nos lembramos de nós mesmos. Nossos compromissos. Nossa agenda que deixa de lado o amor em sua essência.

Falando de amor: o sentimos muito e o vivemos pouco.

Falando de amor: muitas vezes estamos mais para "Soneto da Separação" que para o "Soneto da Fidelidade".

SONETO DE SEPARAÇÃO

Vinícius de Morais

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

uma explicação

a nossa preciosa Ariana esqueceu a sua conta e a sua senha (assim não podendo acessar a conta do blog), de forma que durante um breve período teremos constanto aqui, apenas duas ANAS, mas... tal problema será resolvido em breve, uma vez que já demos início a solução!

assim estaremos novamente recompostas e coesas -- e cá pra nós, pra que mais do que isso?!

coisas que acontecem, né?!

;)

... insone -- mais uma vez! e de mente solta! ai que perigo!

mais uma vez estou aqui de madrugada e insone! fazer o que né?! a vida é desse jeito... alguns dormem, e outros gotariam de também dormirem e terem as suas forças revigoradas, mas... sei que amanhã estarei de pé logo cedo e "quebrada"! mas, creiam-me já tenho me acostumado, afinal são quase vinte anos da minha vida desse jeito! desde menina a insônia me amou! e com uma fidelidade canina!
a assim estou aqui com vocês, queridos três leitores, dizendo de mim e de coisas que de alguma maneira tem importância em minha vida.
sabe, tenho uma amiga que escreve textos com uma perspicácia que se eu viver 100 anos não chegarei lá! mas, tal amiga é completamente convencida de que seus textos não tenham valor para serem publicados para que outros leitores os conheçam -- o que é em si um pensamento tolo, desta amiga que estimo como somente amigos podem ser estimados.
a amiga minha escreve textos reais e diz jocosamente que os publica num blog imaginário (afinal tal blog ainda não nasceu!), o que em si já é algo divertido. rimos muito a esse respeito, pois ela me mostra os seus textos do "blog imaginario", e saibam, caríssimos três, ela escreve bem pra cacete! ela tem tiradas maravilhosas e uma percepção do mundo em que vive digna daqueles que não podem impedir que mais pessoas possam partilhar desses seus escritos para seu "blog imaginário", aliás um bom nome de blog!
assim, eu peço -- amiga minha me permita publicar dia desses um texto seu aqui como um presente, uma colaboração ao nosso blog. vai amiga minha... dê-nos um, ao menos um texto!! o nosso blog ficaria imensamente feliz de ter um texto seu aqui! e talvez você vendo que não é um bicho de 7 cabeças, você traga à luz o seu "blog imaginário".
tríade querida, tenho gostado muito de um verso de uma canção que para mim é um poema e o deixarei para que nessa semana possa ser algo que provoque pensamento em nossas mentes,
"... porque sei que sou semelhante de você, diferente de você, passageiro de você, à espera de você..."*
e sabendo que pensar nunca é demais -- pensemos!
com o carinho que o tempo trás,
uma super boa semana a todos vocês!
até. :)
* CD: Qualquer (2006), Arnaldo Antunes, Música: Contato Imediato,
de Arnaldo Antunes & Marisa Monte & Carlinhos Brown

domingo, 23 de novembro de 2008

Falando de amor II


Na oitava série, aos 14 anos, numa aula da escola, fui apresentada a "Eu sei que vou te amar" e "Soneto da Fidelidade" (Tom Jobim e Vinícius de Moraes).
Foi identificação a primeira ouvida....

Decorei o soneto em um dia. Por minha conta... Não porque ia cair na prova ou coisas parecidas... Quero registrá-lo aqui...
Fala de amor!!!

"SONETO DA FIDELIDADE"

De tudo, meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor ( que tive ):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
VINÍCIUS DE MORAES



Dispensa as minhas palavras... Mas só pequenas considerações:

1. Sei o poema de cor até hoje, 20 anos depois.

2. Viver de mentiras não é amor.
3. É possível que ele dure a vida toda, como é possível se tocar uma sinfonia inteira com o mesmo piano de cauda.

Falando de amor


É difícil encontrar alguém que goste de filosofar... Conversar e pensar sobre os assuntos da vida e do coração, do eu, da falta de razão, sem a obrigação de se chegar a conclusões, novos paradigmas, ou até quem saiba a cura pra alguma mazela.

Encontrei até aqui poucas pessoas que me permitem este exercício, este prazer de meditar sobre o simples ou o inexplicável.

Semana passada estava conversando com uma amiga assuntos de amor ("amiga" por minha conta, pois ela diz que pra ser amiga se é preciso muito) - ainda não filosofamos sobre o quê.

Falávamos de amor.

Amor que é encontro, às vezes frio na barriga, arrepio no pescoço. Amor que é juntar as contas e espremer o dinheiro pra que ele chegue até o famoso dia 30.

Mas não é retilínio esse tal amor.
Constroe-se a vida baseada nele: casa, finanças em contas conjuntas,filhos que desfrutem da companhia "full"dos pais.
Dividi-se o carro, a cama, o cobertor, a geladeira ,os livros e os melhores cds (e você nunca saberá quem os arranhou)....

É a prática do amor!!!! Ele encarnado!!!! Sendo experimentado além das palavras e das músicas!!!!

Mas num dia: após 19 anos de casada a mulher descobre, TOTALMENTE AO ACASO, que seu cônjuge há um ano constituiu outra família.... continua em casa.... aparentemente tudo como antes.... antes???? (encontrei essa mulher na sala de espera do consultório, ela é de carne e osso).

Ou a minha avó paterna que se separou aos 93 anos de idade ( portanto mais de 70 de casamento) e quando estava com 98 anos, poucos dias antes de sua morte, implorava para ver o meu avó, que não cedeu aos seus apelos, e a companheira de toda vida partiu sem ver o rosto decorado na existência?

Ou a jovem de casamento marcado que descobre que o noivo tem um filho que irá nascer há poucos dias antes da cerimônia?

Todas histórias reais de gente que conheço...

Tenho 14 anos de casada e 17 de convivência (metade da minha existência de 34).


As circunstâncias fazem diferença, mas talvez não tanto quanto o modo como reagiremos a elas.
Afinal de contas, se fosse assim o Leonardo de Caprio não trairía a Gisele (padrão da beleza mundial) ou os Trump (família riquíssima dos EUA) não se separariam já que a crise financeira não bate à porta.
Digo eu e a Bíblia "o amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta..." (I Co 13).

Na prática o sinônimo poderia ser calvário (QUE DRAMA).... rsrsrsrsrs
Mas às vezes como Djavan somos obrigados a dizer: "Sabe lá? o que é não ter e ter que ter pra dar? Sabe lá?"

Amar é optar !!!!

Acordar, abrir os olhos e decidir pelo objeto do amor.

Escolher construir uma história que dure um pouco mais que uma edição de CARAS.

Olhar o outro e ver nele um pouco de nossas mazelas, necessiddades de auto-afirmação e rejeições.

Saber que SOMOS HUMANOS DEMAIS..... e erramos bem mais que gostaríamos...

Falando de amor: às vezes cantamos como Tom e Vinícius... às vezes xingamos como as ex dos jogadores de futebol.


sexta-feira, 21 de novembro de 2008

você tem vida? cuida da sua!

tenho uma coisa comigo desde muito cedo, de como é difícil cuidar da própria vida e ainda dar conta da vida alheia. isso sempre me provovou muita curiosidade -- no mínimo. uma vez que dar conta de viver a minha vida seja algo tão difícil.

mas, existem aqueles que levam as suas vidas dando conta da vida dos outros. não de uma maneira positiva, intervindo quando conveniente, ou puramente estando por perto como presença amiga. essas pessoas gostam de saber dos acontecimentos, de emitir conceitos, e não raramente tem verdadeiro prazer em ver os tropeções, as dificuldades e por vezes as pequenas ruínas a que qualquer um está sujeito na prática do existir.

as vezes esses sabedores-da-vida-alheia, até podem dizer e acreditar que fazem isso para ajudar o outro, mas, qual o motivo de tal ajuda não se tornar evidente? não se tornar efetivamente ajuda? deviam os sabedores-da-vida-alheia pensar no porquê das pessoas "cortarem caminho" de perto deles, e as vezes até mudarem de assunto quando chegam perto.

não pensem que estou aqui escrevendo com um endereço certo, pensando numa situação específica -- porque não estou. apenas sentei e olhei esse espaço em branco e me veio dizer o que digo.

realmente queridos três, pensemos nisso. se temos cuidado de nossa vida ou "dado conta" da vida dos outros. porque, no mínimo, ser um sabedor-da-vida-alheia é feio -- penso que seja de uma feiúra extremada.

no orkut há uma comunidade que o seu título faz a síntese do meu pensamento quanto a esse assunto, e até o amplia, faço parte dela por concordar com a verdade de seu nome "Você tem vida? Cuida da sua!".

queridos três, na esperança de que serenos e reflexivos pensemos em nossa prática de vida, bom final de semana a todos!
com carinho.

até. :)

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Outra de Humberto Gessinger


"Um dia me disseram

Que as nuvens não eram de algodão

Sem querer eles me deram

As chaves que abrem esta prisão



Quem ocupa o trono tem culpa

Quem oculta o crime também

Quem duvida da vida tem culpa

Quem evita a dúvida também tem


Somos quem podemos ser

Sonhos que podemos ter"

UMA ORAÇÃO: que Ele me faça capaz


Confiar de forma inabalável hoje num maltrapilho é algo extraordinário, porque em geral exige um grau de coragem que chega às raias do heroísmo.

Quando a sombra da cruz de Cristo recai sobre as pessoas na forma de fracassos, pesares, rejeição,abandono, desemprego, solidão, depressão, a perda de um querido; quando ficamos surdos a tudo o mais, exceto ao bramido estridente da nossa própria dor;quando o mundo ao redor repentinamente se apresenta como um lugar ameaçadore hostil, bem podemos bradar de angústia: "Como um Deus de amor permite queisso aconteça?".

E assim é lançada a semente da desconfiança, obrigando-nos a uma situação de escolha: nos afastaremos de Deus, ou nos voltaremos em direção a eEle mesmo quando a escuridão o esconde de nossa visão?

Escolher a luz de Deus na noite escura do desespero é um ato heróico de coragem.

Continuo a deparar com essa escolha nos momentos mais sombrios, solitários e desalentadores de minha vida.

Ao convidá-lo a unir-se comigo nessa viagem de maltrapilho, não peço mais de você do que peço de mim mesmo: que confie no amor de Deus não importando o que nos aconteça.


Brennan Manning, in: Meditações para um maltrapilho.

Humberto Gessinger - frase

as vezes também me pergunto:


"(...) quanto vale a vida acima de qualquer suspeita?
quanto vale a vida debaixo dos viadutos?
quanto vale a vida perto do fim do mês?
quanto vale a vida longe de quem nos faz viver? (...)"*


*Humberto Gessinger, (Engenheiros do Hawaii),
Música: ?Quanto Vale a Vida?
CD: Filmes de Guerra, Canções de Amor - 1993


bom dia a todos!

até. :)

terça-feira, 18 de novembro de 2008

serenidade -- virtudes, a série

querida tríade, vocês não imaginam como Vitória está maravilhosa, choveu muito e agora está nublado e garoando, que delícia!!! (Amelly, hoje não tenho inveja de você!! 'tudo bem que aqui não tem neve').

ontem eu estava pensando em qual virtude postar aqui, e a minha mente me levou bem looonge (ela tem dessas coisas, né?!). e me lembrei de uma conversa que tive com um amigo meu quando éramos adolescentes em final de carreira.

na volta do Colégio Americano conversávamos sobre algo que não me lembro o quê, mas surgiu o assunto de que bicho gostaríamos de ser -- se pudéssemos ser bichos é claro! então ele disse que gostaria de ser uma tartaruga. mas... uma tartaruga?! -- pensei -- e perguntei o porquê. ele respondeu que era porque a tartaruga era um bicho SERENO, que ele admirava a serenidade que ela tinha. meu-Deus-do-céu! se eu já não fosse apaixonada por ele eu teria me apaixonado naquela hora!!!! além de tudo o que ele era pra mim, ele queria ser como uma tartaruga, que liiiindo!!!!

pois é... a nossa virtude de hoje é a SERENIDADE. aquele que é sereno é alguém tranqüilo, não afetado pela agitação, é calmo, sabe viver em meio a pertubação e de alguma forma não se afeta comprometendo-se com ela, é manso, tem paz!

como a serenidade é algo que tem lugar nos dias de hoje, não?! como pode! vivemos numa correria maluca, num franze-testa absurdo, nos envolvemos em questões de menor valor como se fossem coisas imprescíndiveis a nossa existência. trocamos a nossa paz de espírito por qualquer coisa, já notaram isso?

se estamos numa fila, seja qual for, e ela está lenta, nos envolvemos a pensar a respeito da demora e daí em diante estamos com a alma frenética, tomada pela falta de paz porque a fila não anda! mas, só porque a fila não anda tem valor perder a serenidade?! se a página da web está vagarosa para abrir, já pensamos em como a conexão é uma m§&#@, ou o computador é uma carroça. em questão de um minuto perdemos a tranqüilidade! e a pergunta é, mas, vale a pena deixar de estar tranqüilo por causa da lentidão de algo que vai abrir, apesar de lento?!

sem falar que estamos sempre com pressa de chegarmos a algum lugar, de fazer algo, de que alguém nos faça algo. sempre exiginos que o outro ande no nosso ritmo, faça as coisas no nosso tempo -- o que é muito curioso -- pois, além de perdermos a nossa calmaria fazemos de tudo (ainda que de forma inconsciente) para que o outro também a perca. pode isso?!

e o mais trágico de tudo é que se siceramente e imbuídos de verdade formos pensar no porquê vivemos correndo, vamos perceber que é por razões em que os resposáveis fomos nós mesmos que deixamos para a última hora algo que poderia ter sido feito antes e calmamente. ou então, por razões que fogem completamente ao nosso controle, aí mesmo que não vale a pena se desgastar, uma vez que não depende de mim ou de você.

há que existir alguma forma de trabalharmos as situações que nos fazem agir empurrados na e pela multidão inquieta. situações que nos fazem agir como autômatos, mas que tem alma -- e portanto, sofrem as consequências de um viver que não aprecie o momento.

sei que tem situações em que a agitação externa é inevitável (pegar um ônibus do Transcol as 18 horas, por exemplo 'risos'), mas busquemos uma forma de manter, ao menos, a nossa paz espírito. de manter o nosso lado de dentro manso e sereno.

queridos três, pensemos nisso e se houver algum valor em sermos pessoas que mantêm a paz interior, busquemos o seu cultivo.


sempre com carinho,

até. :)

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

... achei em minhas andanças...

queridos três leitores, espero que o final de semana tenha sido muito bom para vocês. :) vamos lá...

na semana passada tive a feliz surpresa de descobrir um blog sensível e de alma genuína. li todos os seus post's de uma única leitura e gostei de cada texto ali colocado, alguns me provacaram a reflexão, outros me emocionaram, e em outros ainnda, ri. entrei em contato com a Renata Rugai e pedi a sua permissão para colocar um de seus textos aqui, ela muito gentilmente permitiu.

então, abaixo teremos um texto do blog Um Jeito Trash Doce de Ser , publicado no dia 28 de julho de 2008, por Renata Rugai.


Mágoa

Tentei jogá-la no bueiro e a desgraçada voltou pelas
tubulações do esgoto
e apareceu no vaso sanitário, dei descarga e apareceu no ralo
do chuveiro,
liguei o chuveiro e ela se foi,
mas depois de um tempo me apareceu no tanque, e dessa
vez mais forte e mais encorpada,
eu não estava em casa e o tanque transbordou, quando
cheguei ela estava toda espalhada pela casa.
Desisti, deitei e fiquei, eu e ela, com a luz apagada e os vidros
fechados. Os dias foram passando e quando percebi ela
estava deitada na minha cama, fiquei com dó dela, não tive
coragem nem força de colocá-la pra fora, fiquei olhando ela
dormir e até achei bonito, e assim ficamos durante uns
meses, debaixo do edredon, pensando, chorando, doendo....
e assim o tempo foi passando e comecei a perceber que ela
estava encolhendo, minguando, definhando, dimunindo, fiquei
desesperada achei que ela ia sumir, quem diria, eu que queria
me livrar dela a todo custo.
Um dia acordei e ela cabia na palma da minha mão, fiquei
com ela nas mãos olhando sem parar, não dormia, não
comia, quase nem piscava com medo de que ela
desaparecesse numa fração de segundos, queria guardar
uma última imagem mesmo que microscópica, e assim
passaram-se dias mas ela misteriosamente não sumiu, só
ficou assim pequena, bem pequena do tamanho de uma
moeda.
Hj ela continua comigo, de vez em quando a carrego no bolso,
de vez em quando a deixo em casa, já não durmo mais com
ela, hj ela tem cama própria...


amada tríade, sigamos em nossa semana. bons seis dias de labuta a todos nós.
na esperança de que o nosso coração possa ficar mais leve a cada dia,

bjins a todos,

até. ;)

sábado, 15 de novembro de 2008

um poema -- O Sol

olá! queria ter feito este post ontem, mas não deu... :( coloco aqui um poema que gosto, de alguém que gosto de ler!

um bom final de semana para vocês!



O Sol

Novamente vou pisar a Terra ardente,
Outra vez vou viver a vez primeira.
Reaprender é necessário,
E pra correr a pé eu não sou páreo;
Vou deixar a minha vida em movimento.
Quero tirar a minha alma da dispensa,
E deixá-la, corá-la, até encorajar-se.
Eu vou ter algo mais que um sentimento,
Porque desta vez, os meus pés não escorregam.
A felicidade não é bruma pra que suma
Na frente dos meus olhos; desta vez eu vou detê-la.
Vou deixar meu coração apreender a canção
Que chama à lembrança o caminho escuro que eu andei,
Pra eu nunca mais me esquecer do valor que tem o Sol.
E tudo é tão simples, que nem dá para acreditar.
Eu contaria a minha história,
Se eu não tivesse gostado do silêncio.
O Sol me iluminou, e eu conheci o meu pensamento.


é..., o ameno e carinhoso Sol... iluminou,
e eu conheci o meu pensamento.

Heloísa de Aquino


bjin :)

até.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

eu pergunto, e me pergunto

por favor, me digam

por que há quem fale de amor gritando, quase brigando?
por que há quem fale de paz aos berros, com aparência de guerra?
por que há quem fale de humildade, aparentando soberba?
por qual motivo há quem diga de como se tratar bem aos outros agredindo a quem ouve?
apre! desliguem a TV, e tirem esse dominical da minha frente!

acho que ainda sairei dessa Terra sem entender isso. :(

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

... conversas...

hoje no curso, durante a aula, falei com a Kika, então ela me disse: "assiste ao filme".
chiiiiiiiiiiii acho que ela me deu um "cala boca" gentil!!!!
hahahahahhahaha

bjins :)

Muitas coisas

Sou só pensamentos... sentimentos... reflexões e confusões...
Estou misturada, sacudida, sem enxerguar a trilha. É acontece nas melhores famílias....

Tenho muito: Salvação, perdão e paz. Vida, vida abundantemente eterna!!!!
Tenho mais que preciso: família linda, uma gostosa e minha casa, apoio, pessoas, comida, saúde (sem contar o número de vestidos novos)...
Tenho mais que sonhei, que orei e que pedi!!!

Mas não me percebo assim. Auto-estima distorcida? Pouco tempo de análise?
Sou tantas coisas e não sou excelente em nenhuma delas. Sou do tipo mais ou menos...

Mais ou menos calma, mais ou menos disciplinada, mais ou menos competente, mais ou menos bonita....

GOSTO DE VÁRIAS COISAS: não sei sou boa nelas... canto mal, toco mal, escrevo mal, pinto mal, componho mal... sou bem mais pra menos que pra mais.

À tríade, desculpem a blogterapia... coisas acontecem nas madrugadas sem dormir...

Talvez daqui uns dias tire esse triste lamento daqui. ( No melhor estilo Jeremias ou Davi)

Lágrimas

Dor:
Sabor que sorve a alma de quem pode sentí-la.
Pode, porque alguns até seriam melhores com ela...
mas a deixam escapar como sonho de que tudo é como pensamos.

Flor:
Cor da alma que a torna única.
Cheiro da dor que escorre dela.
Expressão do que se vê mas nem sempre se é.

Ser: Adicionar imagem
quem?
o que?
como?

hunnn... até lá!? :)


gente, veja aonde fomos parar?!
em Londres!
que blog é esse?! :)

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

dos desconhecedores-de-tormenta

pra onde vamos quando não estamos? e aonde estamos quando não somos? há pessoa dentro dentro de nós, ou nós apenas somos não? assim, como quem só sabe dizer sim, ou mesmo como o que só consegue dizer não -- há quem siga e prossiga, mas ainda sem saberes, sem certezas...

e me pego pensando... na penumbra da vida de quem vive em meio a pessoas que do viver desconhecem o gosto acre, e as inevitaveis farpas que entram na alma no exercício da vida. porque viver em meio aos desconhecedores das tormentas do existir é estar entregue a algozes.

e senão pela divindade, os que prosseguem com farpas na alma em meio aos deconhecedores-de-tormenta, não conhecem abraços, afagos, ternura, a mão amiga de quem cuida. mas, não é por crueldade que que os desconhecedore-de-tormenta exigem o ignorar das fisgadas da alma por quem as sofrem, não é por maldade que produzem dor achando que estão dando estímulo, não é com intensão de tortura que exigem o arrancar das farpas a todo custo.

é com pesar que invariavelmente constato, que há pessoas que não sabem fazer ninho e deixar que a alma machucada descanse, apenas silenciando. não sabem porque jamais aprenderam com a razão do nervo da alma, que há dores provocadas por espinhos que não podem ser retirados por qualquer um e no momento em que se quer.

há que aprendamos que "... pra tudo há uma ocasião certa; [...], tempo de chorar e tempo de rir, tempo de prantear e tempo de dançar, tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las, [...] tempo de calar e tempo de falar, [...] tempo de lutar e tempo de viver em paz."* e sobre tudo e sobre todos está aquele que tem o tempo em suas mãos, e tudo sabe.

sejamos fazedores de ninho e acolhedores de almas doídas -- e no mínimo, silenciemos diante do que não conhecemos.

amada tríade, ô como é difícil aceitar que somos apenas pessoas no aprendizado de sermos humanos, e que a dor (seja qual for) faz parte do crescer e do aprender a Ser. não é mesmo?!
com o carinho de sempre,
e na esperança de que aqueles que não sabem o que dizer e o que fazer, não digam nada e nada façam -- assim não sendo algozes.

até. ;)


*Eclesiastes 03.01-07

Florbela Espanca* - frase

"Tudo no mundo é frágil, tudo passa ..."
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim !
=§=
*do soneto Fanatismo, Livro de Soror Saudade (1923)

terça-feira, 11 de novembro de 2008

gentileza -- virtudes, a série

pessoas, aqui em Vitória desde domindo está um tempo adorável (pra quem gosta, e eu gosto), choveu horrores! tanto que chego a me perguntar em como pode ter tanta água no céu! heheheeh tudo bem, mas o que tem isso a ter com a nossa não esquecida "série virtudes" ?
pois bem... estava eu indo pra aula ontem e usando uma sombrinha (objeto de nome no mínimo curioso, uma vez que pretende proteger da chuva e não fazer sombra! 'pesquisarei ainda sobre isso' heheheh), e não só eu usava tal artefato, pois no mometo do dilúvio todos sacaram as suas sombrinhas e guarda-chuvas (nome não menos curioso do que o anterior, uma vez que ele não protege a chuva, e sim aquele que o porta, mas... 'pesquisarei também'), assim a rua estava intransitável sem atritos entre sombrinhas e guarda-chuvas.
enquanto andava rapidamente, como todos os demais eu tentava não esbarrar a minha sombrinha nos outros e desviava meus olhos daquelas pontas das sombrinhas e guarda-chuvas assasssinos (era quase uma direção defensiva!), era uma coisa! em determinado momento vi um rapaz que vinha e no instatnte em que ia colidir com umas meninas, tirou completamente seu guarda-chuva de sobre si para que elas passassem com as suas sombrinhas sem se atrapalharem.
querida tríade, apesar da chuvarada e do corre-corre, aquela cena ficou em mim como uma foto mental. e segui pensando no gesto do rapaz que não pensou em si, que foi delicado, generoso, que foi fino, e sim creio -- que foi gentil. ele usou de GENTILEZA naquele momento.
que lindo! a gentileza não é algo retumbante, não precisa de tapete vermelho. ela é tranqüila, passa quase despercebida, cabe em qualquer lugar, ela é modesta, é sensível e para os sensíveis. ela se apresenta nos pequenos gestos, ela é dada as miudezas das relações.
a gentileza é uma faceta da educação, ela demosntra o quanto já somos gente, o quanto já somos humanizados.
enquanto estou aqui escrevendo estou pensando que ser gentil é uma questão de aprendizado, e só os sensíveis buscam tal toque de beleza para as suas relações. é... ser gentil é aplicar toques de beleza nos seus contatos cotidianos. isso é belíssimo! e são esses pequenos mimos de beleza que trazem o frescor e a leveza, que ventilam nossos contatos com as pessoas que convivemos.
a gentileza provavelmente deve fazer mais bem a quem o é do que a quem a recebe, é... isso eu não sei! hehehe mas já sei que quero ser alguém gentil :) preciso de sê-lo, afinal estou rumando a ser gente e não posso abrir mão de algo tão significativo no exercício de ser humano.
pois é...espero lograr êxito nesse meu mais novo empreendimento!
bjinhos, querida tríade!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

... e o monstro tava dentro de mim!

gente, como pode?! saí de casa a encarnação da derrota pra pegar de frente -- muito embora não o quisesse -- o monstro que me atemorizava. cheguei lá e nem tinha forças pra sentir mais nada de ruim (e de bom que não ia sentir mesmo, né?!). por enquanto está tudo certo!

e no final de tudo o monstro tava dentro dentro de mim -- ê ansiedade filha da puta!

confie em quem você pode confiar minha alma!

bjinhos, amada tríade :)

será como que se chama?

será como que se chama quando a gente tá fazendo uma coisa em lugar da outra, e a coisa feita tem menos valor do que a que deveria ser feita? sabe... como chama quando a gente está com os pés e mãos suados, mas sem calor e também sem frio? bem... qual é o nome da coisa estranha que aperta a nossa garganta e puxa até o estômago, deixando uma sensação de aperto-vazio?

ai! eu sei que tem um nome pra quando você vai fazer algo que não pode declinar e que o corpo todo se desvia -- mas, só que do lado de dentro.

é..., não tem jeito. eu sei que tem um nome pra tudo isso... e isso tudo é mais do que uma coisa... e eu até sei quais são os nomes...

é, agora eu vou me aprontar pra encarar o que o meu lado de dentro não está desejando fazer.

ok! as 20h descobrirei se é verdade que nada está tão ruim que não possa melhorar. :(

querida tríade, na volta eu conto no que deu!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Aptos à Transcendência

antes desse blog que é composto por três anas -- embora não pareça -- eu tive um só meu! mas não deu em muita coisa, teve pouco tempo de vida!!!! ontem estava lendo um texto que nele publiquei no dia 19 de outubro de 2006, dois anos passaram!!! e decidi publicá-lo mais uma vez, pois é... vamos lá:


APTOS À TRANSCENDÊNCIA

Estou a vinte e três horas sem dormir. Não. Não estou participando de algum concurso, desses que levam as pessoas à exaustão, até que ao fim “sobreviva” apenas um. Tenho sofrido de uma insônia que creio já ser uma “amiga” (e das mais fiéis). Assim, durante estas últimas horas alternei em deitar-me na cama e sentar-me à frente do computador, a espera do sono chegar.

A quinze anos passados seria inimaginável a quantidade de lugares que percorri no Google Earth, e o sem fim de informações que passaram pelos meus olhos em tão pouco tempo. Isso sem mencionar as pessoas com quem conversei e joguei xadrez (essas eu jamais vi). Agora exausta, percebo que pouco me lembro do que li e dos “lugares em que eu fui”. E as pessoas com quem conversei? Delas eu nem sei os seus nomes.

É consenso que vivemos no século da informação, que a tecnologia já se estabeleceu e que nós é que precisamos nos adequar a ela. Aliás, esse é um fato curioso, o novo chegou para nos facilitar a vida, mas, nós é que temos de nos ajustar ao que ele traz — realmente sou do século passado!

Não faço parte dos que desejam um retorno (em absoluto impossível) aos velhos tempos, eles já passaram e não voltarão jamais. Entretanto, tal impossibilidade não diz respeito a uma volta ao interior de nós mesmos, numa expedição cujo o alvo é a descoberta de quem nós somos.

No meio de todo o “barulho” que a modernidade produz não temos percebido que há algo mais do que esta infindável necessidade de sempre estarmos em dia com “lá se sabe o quê”. Somos feitos para a transcendência. Isso é facilmente notado quando nos apercebemos insatisfeitos diante daquilo que acabamos de obter e que noutro momento era a nossa “chave da felicidade”.

Se conseguíssemos ter em nossas mentes a imagem de uma nova realidade onde o nosso eu encontra o seu lugar de origem, cabalmente romperíamos com a armadura que pensamos imprescindível à nossa permanência na Terra.

Todos nós somos aptos a transcender, o que nos tem faltado é a compreensão de que estamos insatisfeitos com a nossa existência. Esta insatisfação bendita só é real quando nos impele a um estágio que mais cedo, ou, mais tarde, nos trará mais intensa inquietação e desejo de “sair pra fora” e desta forma sucessivas vezes até o dia em que o mais resistente dos seres humanos também transcenderá — romperemos com o nosso corpo físico.

A Paz.

Até.

pensamentando -- do outro em nós

estava pensando agora a pouco em como há coisas que não entendo (risos), é verdade que não entendo a maioria das coisas!

mas, tava refletindo em como alguém que jamais vimos, e por isso não chegou a morar dentro de nós -- portanto, nunca nos fez falta. pode de repente passar fazer parte de nossa vida. assim, primeiro conhecemos e depois convivemos, e pronto! sem saber como e nem por que não saberíamos mais viver sem essa pessoa. isso não é estranho?!

sei lá! e como saberia?! tem coisa mais simples na vida que eu não sei, né?!

valeu pessoal!!!

bjinhos,

sempre com carinho ;)

sábado, 18 de outubro de 2008

... aprendi na terapia...

novamente estou insone. os passarinhos já começaram a cantar... que cantem, pois felizes estão! é... já eu não posso dizer o mesmo de mim, uma vez que eu não canto nada! e nem mesmo feliz estou! (risos)
falando em felicidade, essa tal não é minha conhecida, pouco a vejo e quando nos encontramos é muito rápido. sabe, por causa dela já fiz terapia... lá descobri algumas coisas, inclusive que sou feliz à minha maneira. e que cada um o é a sua. eu por exemplo, sou feliz com traços fortes de melancolia.
ô tríade, nem sei porque cheguei nesse assunto, mas já que aqui estamos direi mais uma coisa que aprendi durante meu tempo de terapia. que mais me vale ter paz do que essa tão almejada felicidade constante -- creio que ela não exista (ao menos como algo freqüente em nossas vidas).
a paz... essa sim, essa pode ser constante em nossas vidas se cuidarmos dela, e do que nos cerca fora e dentro de nós.
falando nisso, no final da noite passada não tomei conta de mim e perdi a minha paz -- razão que não consegui dormir. estou inquieta e insone! mas... a paz sempre volta, eu já a prendi! :)
queridos três, bom final de semana!!! ;)
até.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

sensibilidade

olá, gente! mais uma vez apareço depois de um período de sumiço, bem... isso já é uma constante né?! nem comentarei... mas... juro que venho aqui sempre pra dizer algo, mas acontece que não acontece!! (risos)

sou alguém que gosto de música. não sou daquelas pessoas que não vivem sem uma musiquinha rolando. eu aprecio também períodos sem música, porque também gosto do silêncio. e assim vou vivendo...

ultimamente tenho ouvido muitas coisas e de todos os gêneros, como sempre -- excetuando samba e os amiguinhos dele (é... "... devo ser doente do pé..."). E em minhas andanças em sites de baixar músicas descobri uma do Fábio de Melo, que a letra me deixou profundamente pensativa (no mínimo). então resolvi colocar aqui para que a querida tríade também possa refletir em algo tão sensível, e quem saiba até fazer uma comentariosinho aí em baixo (risos):

===§===

CONTRÁRIOS
Letra: Fábio de Melo

Só quem já provou a dor
Quem sofreu, se amargurou
Viu a cruz e a vida em tons reais

Quem no certo procurou
Mas no errado se perdeu
precisou saber recomeçar

Só quem já perdeu na vida sabe o que é ganhar
Porque encontrou na derrota algum motivo para lutar

E assim viu no outono a primavera
Descobriu que é no conflito que a vida faz crescer

Que o verso tem reverso
Que o direito tem o avesso
Que o de graça tem seu preço
Que a vida tem contrários
E a saudade é um lugar
Que só chega quem amou
E o ódio é uma forma tão estranha de amar

Que o perto tem distâncias
E o esquerdo tem direito
Que a resposta tem pergunta
E o problema solução
E que o amor começa aqui
No contrário que há em mim
E a sombra só existe quando brilha alguma luz.

Só quem soube duvidar
Pôde enfim acreditar
Viu sem ver e amou sem aprisionar

Quem no pouco se encontrou
Aprendeu multiplicar
Descobriu o dom de eternizar

Só quem perdoou na vida sabe o que é amar
Porque aprendeu que o amor só é amor
Se já provou alguma dor
E assim viu grandeza na miséria
Descobriu que é no limite
Que o amor pode nascer


Quem desejar ouvir a música (a qualidade não está muito boa, mas...)

Pois é queridos, bjinhos e boa semana! :)

sábado, 27 de setembro de 2008

ao olhar ao meu redor...

pois é... ando meio assim... sempre assim... (heheehe) tendo o que dizer, mas sem conseguir colocar aqui nesse espaço nosso :), mas vamos lá!

ja deixei claro, outro dia, que presto atenção nas coisas pequenas da vida, do cotidiano... na semana passada estava voltando da locadora de vídeo e a rua em que eu passava estava sendo mexida pela PMV. havia um trabalhador varrendo a terra que estava sobre parte do asfalto, no instante em que foi varrer a tampa de ferro que fica no meio da pista, observei que o fez com tanta leveza, muito cuidado... eu diria que até com um certo carinho... fiquei encantada!

um trabalhador de serviço tido como pesado (e de verdade pesado!) sendo tão leve no exercício do seu afazer. e fiquei pensando nisso... até agora penso naquela cena -- um homem que trabalha com materiais sem vida sendo tão zeloso... e eu que exerço o meu existir com materiais humanos, na maioria das vezes sem cuidado. por vezes desajeitada, faltando com a leveza necessária à relação.

mas, sou insistente e continuarei a seguir meu trecho -- e creio que a melhora é o meu destino, afinal tenho me aplicado a aprender ser gente. e meus queridos, como é difícil esse lance de ser gente, não é?!

dessa forma... vou saindo desse nosso contato (ehehe).

amanhã é o início de mais uma semana e a continuação de nossas vidas nem um pouco paradas, não é?! pois bem...

a paz e leveza a todos nós!

bjinhos, :)

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

aqui... eu... sem paz

estava deitada tentando dormir. estou numa semana cheia de coisas para fazer e estudar, e amanhã terei cedo o que fazer. mas... acontece que não consigo dormir! parece que está havendo uma competição onde os participantes são meu corpo agitado, meus pesamentos pertubados e meu coração disparado -- acho que eles combinaram algo sem eu saber!

pois é... e aonde vim parar?! aqui nesse espaço que sei pouquíssimo freqüentado! ainda bem, querida tríade, que poucos vêm aqui. porque nesse momento estou me sentindo protegida aqui! curioso isso, não? sentir-se protegida numa página da web aonde qualquer um que pesquise no google acha. mas, é isso o que acontece!

é... não tenho basicamente nada pra dizer, senão que eu gostaria de estar em paz e dormindo.

nesse instante lembrei de uma música que ouvi hoje "... há uma luz no fim do túnel e não é um trem na contra mão..." aaaaaaaaaah como é bom saber disso!!

valeu, pessoal.

bjin,

até.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

... uma coisa tão simples...

olá, povo que nos lê!!! :)

sou uma pessoa que se encanta pelas pequenas coisas do cotidiano, de vez em quando ao caminhar na rua vejo algo e penso "colocarei sobre isso no blog", mas depois desisto de colocar, pois imagino que não interessaria a ninguém.

assim, hoje falarei sobre o meu andar. isso mesmo, sobre o eu estar deambulando feliz da vida!

queridos, os mais próximos sabem o quanto nos últimos sete meses da minha vida senti dores e andei com dificuldade devido a um problema nos joelhos. me locomover fora de casa estava sendo muito ruim, assim quando eu ouvia "vamos fazer isso..." eu já não ouvia com 'bons ouvidos', posto que andar ia me causar dor. ok?!

muito bem, acontece que nas duas últimas semanas devido aos remédios e ao tratamento que estou cumprindo eu não tenho mais sentido dores. mas, isso eu não percebi de forma imediata, foi andando ontem que pensei "... nó! tou andando mais rápido e sem dor!" e continuei andando toda felizinha.

depois fiquei refletindo a respeito de uma coisa tão comum em minha vida quanto andar sem dor, ou melhor, poder andar normalmente ter trazido tanta alegria pra mim. então agradeci a Deus por poder andar, me locomover, ir e vir na hora que quiser. Meu Deus, como isso me deixa feliz e eu não sabia!!

os que me conhecem sabem que o meu pensamento não ficaria só aí... (risos) continuei pensando... e passei por algumas coisas, concluindo que eu preciso ceder mão das coisas diárias que me impedem de poder olhar com carinho às coisas comuns que o dia a dia tem, pois de certo ficarei muito mais encantada do que de costume pelo fato de estar viva e poder viver.

amada tríade, obrigada pela fiel frequência a este embrião de blog!

sempre com carinho,

bjinhos ;)

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

mais um girassol, só porque amo :)


os óculos são por pura vegonha, esse aí é tímido e não gosta de fotos!!

eu, de volta

Gente! tem mais de um mês que não venho aqui! quanto tempo!!! Acho que vou contratar uma diarista pra limpar a poeira! hehehehe

Já peço desculpas aos nossos três leitores! É que a vida tem estado meio... (melhor nem dizer, né?!) Pois é... estou propondo a mim mesma vir mais vezes aqui agora :) .

Hoje vou colocar um poema que amei e é de uma poeta que simplismente adoro, lá vai:

*&*

Cegueira Bendita*

Ando perdida nestes sonhos verdes
De ter nascido e não saber quem sou,
Ando ceguinha a tatear paredes
E nem ao menos sei quem me cegou!

Não vejo nada, tudo é morto e vago...
E a minha alma cega, ao abandono
Faz-me lembrar o nenúfar dum lago
'stendendo as asas brancas cor do sonho...

Ter dentro d'alma na luz de todo o mundo
E não ver nada nesse mar sem fundo,
Poetas meus irmãos, triste sorte!...

E chamam-nos a nós iluminados!
Pobres cegos sem culpas, sem pecados,
A sofrer pelos outros té a morte!

*Florbela Espanca, Trocando Olhares, 24 de abril de 1917.

*&*

Pois é, amada tríade, espero ter voltado para mais um longo período de presença! ;)

domingo, 10 de agosto de 2008

Poema de madrugada

Às vezes o coração não bate.
Sim, às vezes , não bate o tal músculo involuntário.
Pelo menos, não como deveria.

Descompassado ignora a realidade,
Amedrontado foge
Ou, simplesmente não bate.

Deveria bater,
como correm as horas pro infinito
como vão os dias pro nada.

Mas insiste na inércia.
O que os olhos vêem
Fazem o peito dar pausas.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Licença

Desculpem, precisava de um espaço maior que eu mesma. Resolvi derramar-me neste...

Ah ... Senhor !!!

Eu sei que Tu és Deus! Verdadeiramente exaltado entre as nações, exaltado sobre a Terra!!!

Nada, ninguém, coisa alguma se compara a Ti!!! És o que há de bom: em qualquer um, em qualquer lugar, em mim...

Pai, como eu preciso de Ti. Tanto que não sei como dizer, tanto que as lágrimas passam por cima de mim, tanto, tanto, tanto...

Pai, como eu Te quero. Amar-te. Ouvir-te. Servir-te. Ser tua...

Como sou incompetente... queria ser mais Senhor... mais parecida contigo, menos alimentada por mim...

E falho... Quero ser melhor e sou um lixo...

Quero amar-te e dou de costas...

Quero servir-te e sou incapaz...

Sei que não te conto novidades. Sei que sabes de mim. Mais que eu...

Entendo Paulo, Davi, Pedro, Maria... queria corresponder-te e afasto-me.

"O bem que quero não faço. O mal que detesto..."

Quero ir , Papai, além da minha religião... Ir além dos meus pré-conceitos... Ir ao lugar onde estás... e estás tão perto ...

Porque me perco? Em mim? Nos meus pensamentos? Na minha fraqueza?

Sei sou humana, mas queria ser mais filha.

Enxergar-te além da minha dor, da minha falta, da minha irritação, da minha inconstância e incosistência...

Experimentar o Senhor e como diz a canção "ter intimidade contigo, me assentar, ouvir o teu falar, estar contigo SIMPLESMENTE para te amar e te adorar".

Dar fim a mim mesma e a minha voz e escutar-te...

AQUIETAR-ME ...

SABER QUE O SENHOR É DEUS...

Eu pequena em tuas mãos... carente de misericórdia, amor, graça e colo (muito colo) !!!!

Toma-me.

Somente mais uma vez vez: toma-me!!!

Sou tua. Estou aqui.

frase -- São Bernardo de Claraval*

Há quem busque o saber pelo saber: é uma torpe curiosidade.
Há quem busque o saber para se exibir: é uma torpe vaidade.
Há quem busque o saber para vendê-lo: é um torpe tráfico.

Mas há quem busque o saber para edificar, e isto é caridade.
E há quem busque o saber para se edificar, e isto é prudência.


*São Bernardo de Claraval, Sobre o cantar dos cantares, Sermão 36, III.


estimados três, uma boa semana cheinha de coisas boas para vocês! :)

até.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

conselho de mãe quando não é ouvido vira praga


querida tríade, quanto tempo, não?!


pois é... tenho estado sumida mesmo. creio que tenho estado sumida até mesmo de mim! vá entender, né?!


nesse momento, diferente dos demais momentos em que venho aqui de madrugada, estou com sono -- mas não consigo dormir. e assim na prática estou insone. :(


estou com tantas coisas rodeando a minha mente que nem sei o que dizer... não sei se é do interesse de você que está lendo, mas me ocorreu de falar da minha tarde.


ontem -- porque agora já é hoje -- estava lendo um bom livro de um autor que nasceu para escrever (por favor entenda que nos dias de hoje tal ressalva é pertinente), quando de súbito lembrei de um livro que gostaria muito de encontrar, e eu sabia, ou pensava saber que estava no maleiro... resumindo, desci três caixas grandes e cheias de materiais do meu primeiro curso, joguei TUDO fora, salvei apenas as pastas para posterior uso! nessa brincadeira, subi e desci diversas vezes carregando peso, e agora não consigo deitar, sentar, andar ou qualquer coisa que mova os "meus quartinhos" as minhas costas estão "vivas" e protestantes! e o livro? não encontrei!

mas... encontrei algumas coisas que em outras ocasiões pretendo falar a respeito, agora não. ainda quero dizer o que aconteceu enquanto descartava o material... de tudo que joguei fora, umas duzenta folhas eram muito importantes para mim, e eu não quis jogá-las no lixo, e decidi colocar fogo! pois bem, achando que o tanque aqui de casa fosse de pedra, ou coisa parecida coloquei tudo dentro e ateei fogo! o caso é que o tanque era de fibra de vidro e por pouco não derreteu! e agora está com duas cores, uma cuba cor de gelo e a outra cor de "gente burra que pôs fogo".

nessa brincadeira, só pude mais uma vez constatar que a minha mãe é uma santa. enquanto o fogo subia ela gritava dizendo que eu ia por fogo no prédio e coisas do gênero! e quando eu tentava limpar a m#&*@ que havia feito ela dizia horrores pra mim e um deles foi: "estou farta de você até a minha alma!".

sabe, eu achei que ia durar pelo menos umas 24 horas a ira materna, mas em menos de 3 horas ela já estava normalzinha, normalzinha, nem parecia que ela havia ganhado um tanque bicolor! de verdade eu não mereço a mãe que eu tenho!

depois da minha tarde de Nero, estou curtindo uma madrugada doída! acho que a minha mãe amarrou o meu nome na boca de um anjo e me entregou pra Deus! leitores fiéis, ela agora merecidamente está dormindo como a santa que é, e eu não consigo nem respirar (devido as dores provenientes do esforço com as caixas pesadas, e para limpar o tanque, mais a alergia que a fumaça provocou) e ainda ouço ela dizendo: "você sabe que é teimosa, e que quando eu falo as coisas é pra você ouvir, porque o que você tá fazendo sempre dá errado!"


amados três, só me lembro de um ditado nesse momento:

"conselho de mãe quando não é ouvido vira praga." kakakakkakakakkaka


pois é... espero voltar aqui com mais ânimo e menos dores! hehe


bjinhos


segunda-feira, 21 de julho de 2008

Fim das Férias


Hoje retornei a labuta, a rotina e ao fazer.
No começo parece que o mundo está girando e você parada.
Mas o dia vai passando e as coisas começam a caminhar mais leve...
Tirei a foto acima na volta para casa, com o carro em movimento e isso me levou a pensar que, ás vezes, enquanto vamos passando nossas vidas certas coisas continuam no mesmo lugar.
Meio filosófico!!! rsrsrsrsrsrsr MAS REAL.
Passaremos e tudo ficará.
No retorno, ao dia-a-dia comum de my life, o desejo de deixar rastros de luz.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

poema feminino

meninas e meninos, descobri uma coisa que acho que todos já sabiam, mas... eu descobri!! hehehhee foi uma descoberta em termos, pois chegou no meu e-mail e eu simplesmente adorei! e como acho que o que faz rir deve ser levado adiante colocarei aqui. lamento não ter o nome da sensível criatura genial que escreveu para dar os mercidos créditos a ela. vamos lá:

POEMA FEMININO

Que mulher nunca teve
Um sutiã, meio furado,
Um primo, meio tarado,
Ou um amigo, meio viado?

Que mulher nunca tomou
Um fora, de querer sumir,
Um porre, de cair
Ou um lexotan, para dormir?

Que mulher nunca sonhou
Com a sogra morta, estendida,
Em ser muito feliz na vida
Ou com uma lipo, na barriga?

Que mulher nunca pensou
Em dar fim numa panela,
Jogar os filhos pela janela
Ou que a culpa era toda dela?

Que mulher nunca penou
Para ter a perna depilada,
Para aturar uma empregada
Ou para trabalhar, menstruada?

Que mulher nunca comeu
Uma caixa de Bis, por ansiedade,
Uma alface, no almoço, por vaidade
Ou, um canalha, por saudade?

Que mulher nunca apertou
O pé no sapato, para caber,
A barriga, para emagrecer
Ou um ursinho, para não enlouquecer?

Que mulher nunca jurou
Que não estava ao telefone,
Que não pensa em silicone
Que 'dele' não lembra nem o nome?

"Estamos numa época em que:
Homem dando sopa,
é apenas um homem distribuindo alimento aos pobres."

"Príncipe encantado que nada... Bom mesmo é o lobo-mau!!
Que te ouve melhor...
Que te vê melhor...
E ainda te come!!!"

akkakakakakkakkkakakkakakakkakakakkakakkak

nossa tríade fiel, amamos vocês!
bjinho

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Férias



Estou de férias!!!!

Como isso é bom!!!

Queria fazer mil coisas e nada... Viajar, passear, curtir meus filhotes, encontar os amigos que nunca vejo, conversar, ouvir música, orar, ler a bíblia...

Não tenho dinheiro. Muitas coisas ficam impossíveis de acontecer...

Queria não fazer nada. Tenho duas crias pequenas. Impossível!!!

Por enquanto, não sai do meu quarto... Um bom começo pra quem vive batendo pernas...

Mas daqui a pouco estarei na rua... Coisas de Luciana...

Veremos o que conseguirei em uma semana...

prefiro um sacana confesso à um pseudo sábio professo

... sabe, eu tenho algumas dificuldades em minha vida ─ é verdade que estou sendo modesta ao dizer algumas dificuldades, mas... hoje fui acometida por intransponível modéstia (hehehhehe).

bem, não me acho, e sei que em definitivo não sou padrão para medir os outros por mim. e assim me empenho em viver a minha vida olhando o outro e raciocinando sempre a respeito de nossas diferenças. não raramente, após estas breves reflexões, percebo a riqueza da diferença entre as pessoas e opto, ou não, por seguir escolhendo conviver com tais pessoas ─ quase sempre ganho por tais escolhas.

mas... como já disse tenho dificuldades... e uma delas é perceber que a pessoa preconceituosa e, portanto ─ feia. também é pessoa diferente de mim (ao menos naquele instante) e que deve ser alvo, ou não, da minha escolha. tenho, me esforçado para estar perto o suficiente destes para enxergar o de bom que eles tem. mas reconheço que tenho uma enorme vontade de mandar um filha da puta preconceituoso para a porta do inferno! mas... não é bem assim. e aí vamos para outra dificuldade/franqueza minha...

... sou razamente profunda no meu esforço contra a minha profunda intolerância com aqueles que acho feio. e não seja bobo ao pensar que estou falando em feiúra física.

tenho agido com intolerância com aqueles que se arrogam os detentores do saber. os mesmos que se acham os paradigmas da boa moral e das boas práticas. e que em suas atitudes (porque os seus discursos são impecáveis) oprimem, achacam, desestimulam, trucidam psicologicamente as pessoas em nome de seus egos cegos que não enxergam a distinção entre seus discursos e do exercício diário contra àqueles que deveriam ser alvos da prática das tão belas palavras por eles propaladas.

posto, que estou em clima de confissões e reflexões, direi que me sinto melhor acompanhada por um sacana confesso do que por um arauto da pseudo sabedoria professa.

viver... viver é fácil. difícil mesmo é conviver. porque, se envolve o outro, a mim também envolve. e se outro por mim é visto como feio ─ meus olhos nele não estão vendo a beleza que há (porque até mesmo os feios tem belezas).

bem, isso tudo é uma joça complicada e acho que o nome dela é convivência mesmo.

assim dito, assumo pra vocês, nossos três fiéis leitores e terapeutas, que tenho nesses últimos dias tido vontade de agarrar alguns (bem poucos) pescoços ao ponto de... ao ponto de nada! só queria mesmo extravasar as minhas frustrações.

assim, seguirei a minha vida seguindo a Vida.

bjinhos sempre carinhosos :)

e boa semana a todos nós.

sábado, 12 de julho de 2008

capítulo IV de IV - o casamento de cotoco

finalmente chegamos ao fim dessa história de vida -- a de Cotoco, o nosso herói! heehee
espero que esse último capítulo possa nos incentivar a superar as nossas diversas dificuldades, e a romper as barreiras que se nos agigantam! heheheehh
a história...
Certa vez, uma viúva rica e solitária decidiu que precisava de um outro homem em sua vida, então colocou um anúncio no qual podia-se ler: "Viúva rica procura por homem para compartilhar vida e fortuna."
Requisitos necessários:
1 - Não me bater...
2 - Não fugir de mim...
3 - Ser excelente na cama...

Por muitos e muitos meses seu telefone tocou incessantemente, sua campainha não parava um segundo, ela recebeu toneladas de cartas, mas nenhum pretendente se enquadrava nas qualificações. Porém, um dia, a campainha tocou novamente. Ela abriu a porta e quem estava lá???? O Cotoco... sem braços nem pernas, deitado no tapete da porta.
Perplexa, ela perguntou:
― Quem é você? E o que você quer?
― Olá!― ele disse ― Sua busca terminou, pois sou o homem dos seus sonhos. Eu não tenho braços, logo não posso te bater. Não tenho pernas, portanto não posso fugir de você.
― Bom ― ela retrucou ― e o que o faz pensar que é tão bom na cama?

Cotoco respondeu:
― Eu toquei a campainha, não toquei?!?! ... ... ... e Cotoco viveu feliz para sempre.
the end :)

terça-feira, 1 de julho de 2008

Reflexão


hoje no retorno do trabalho pra casa (de ônibus)... sem nada pra fazer... por razões óbvias... comecei a pensar...
pensar em como seria a vida das pessoas próximas a mim se hoje eu estivesse morta... meio macabro...rsrsrsrsrsrs , mas achei importante o raciocínio (mesmo que fantasioso) seria uma espécie de avaliação de quem tenho sido.
Iniciei com familiares distantes... imaginei a breve comoção e o rápido esquecimento... talvez em poucas horas seriam tragados por seus dias agitados, seus compromissos sociais, sua vida, enfim...
Passei a pensar em parentes mais próximos... acho que eu faria mais falta... rsrsrsrsrsrs
Espero! Seria lembrada por mais tempo... nas festas, datas importantes, momentos solenes... mas a agitação faria minha imagem ser ofuscada... minha presença, então ausência, os levaria a guardar-me em algum lugar bom do coração... e só.
Pensei em amigas e amigos do peito.
Reconfortei-me com meus pensamentos. Esses sim, sentiriam minha falta. Partilhamos a vida por querer mostrar-se. Somos francos e estamos juntos por decisão. Ah... nos escolhemos... Eu faria falta!!! Por um mês? Um ano? Uma vida? Mas ninguém vive só!!!! Eles achariam outra amiga pra dividir os segredos, rir sem motivo, ficar por horas calado.
Minhas filhas... elas precisam de mim... desejam-me... sentem assombrosamente a minha falta... correm atrás de mim gritando: MAMÃE!!! Choram quando saio... Eu não poderia ser substituída.
Definitivamente.
A mais velha, em breve adolescente, precisa da minha paciência, habilidade em contornar seus pitis. Precisa da palavra que incentiva. Mas outros não o fariam por mim??? (meus olhos se encheram d'água e se enchem novamente).
A mais nova, repete a todos e a toda hora: qué mamãe, qué mamãe... Ela sentiria minha falta... Pensei em todos os traumas que a minha falta causaria, mas no fim do raciocínio questionei: ELA SE LEMBRARIA DE MIM? A sua tenra idade não a levaria a esquecer meu rosto? Minha voz? Meus trejeitos?
Foi cruel demais pra mim. Comecei a chorar no ônibus!!!! Mico total!!!!
Abortei o pensamento!!!
Ainda não aceito bem a morte.
Conclui: Preciso crescer!

segunda-feira, 30 de junho de 2008

frase - Hugo de São Vítor*

Li, gostei, e espero nos dias da minha vida conseguir praticar:

"O começo da disciplina moral é a humildade, da qual existem muitos ensinamentos, três dos quais interessam mais ao estudante: 1) não reputar de pouco valor nenhuma ciência e nenhum escrito; 2) não ter vergonha de aprender de qualquer um; 3) não desprezar os outros depois de ter alcançado o saber.

Muitos ficam decepcionados porque querem parecer sábios antes do tempo. Por esta razão, explodem numa intumescência de arrogância, começam a fingir aquilo que não são e a envergonhar-se daquilo que são, e tanto mais se afastam da Sabedoria quanto mais se preocupam não em serem sábios, mas em serem considerados tais.

Conheci muitas pessoas assim, as quais, mesmo necessitando ainda dos conhecimentos básicos, se dignam interessar-se somente das coisas sublimes, e acham que se tornaram grandes apenas por ter lido os escritos ou ouvido as palavras dos grandes e dos sábios. Quanto a mim, porém, oxalá ninguém me conheça e eu conheça tudo.

O estudante prudente, portanto, ouve todos com prazer, lê tudo, não despreza escrito algum, pessoa alguma, doutrina alguma. Pede indiferentemente de todos aquilo que vê estar-lhe faltando, nem leva em conta quanto sabe, mas o quanto ignora.

Aprenda de todos com prazer aquilo que você não conhece, porque a humildade pode tornar comum para você aquilo que a natureza fez próprio para cada um.

Não considere vil conhecimento algum, porque todo conhecimento é bom. Se tiver tempo livre, não recuse ler algum escrito. Se você não lucra, também não perde nada, sobretudo porque não há nenhum escrito, creio eu, que não proponha algo agradável, se é tratado no lugar e no modo devido, e não há nenhum escrito que não contenha algo especial.

Igualmente lhe convém que, quando começar a conhecer alguma coisa, não despreze os outros. Este vício da vaidade ocorre a alguns, porque olham com demasiada diligência o seu próprio conhecimento e, parecendo-lhes de ter-se tornado alguma coisa, pensam que os outros não são como eles nem poderiam nunca sê-lo, sem conhecê-los. Por isso, agora ferve o fato que alguns charlatães, gloriando-se não sei de que, acusam professores mais velhos de ingenuidade, achando que a Sabedoria nasceu com eles e morrerá com eles. Não é meu conselho imitar esse tipo de pessoas.

O bom estudioso deve ser humilde e manso, afastado totalmente das preocupações vãs. Fuja dos autores de doutrinas perversas como do veneno, aprenda a refletir longamente sobre alguma coisa antes de julgá-la, não queira aparecer douto, mas sê-lo, ame os ensinamentos aprendidos dos sábios e procure tê-los sempre diante dos olhos como espelho do seu próprio rosto."

espero que vocês tenham gostado e tido o desejo de nos dias de suas vidas praticar! :)

com o carinho habitual,

até breve (e que breve seja logo!).


*Hugo de São Vítor, Didascálicon, Livro III, cap. 13.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Subindo e descendo pra lá e pra cá... II

Trata-se de uma história antiga.

Quando criança eu passava horas ouvindo histórias da coleção disquinho.

Postarei a história a seguir para os leitores, mas por hora segue nossa identificação com ela.

A musiquinha do boneco diz: "Subindo e descendo pra lá e pra cá. Melhor brincadeira no mundo não há..."

Por vezes, rimos da música e de nós mesmas pois vemos nossa semelhança com Picolé.

Não vivemos na neve, nem somos bonecos mas subir e descer é algo muito presente!!!!

Ransos da tal incostância que nos leva por vezes a subir animadíssimas com tudo e outras a descer nos calabouços de nós mesmas.

É difícil viver assim. Sem desfrutar da constância que muitos experimentam. Sem colher os frutos de uma vida disciplinada.

Mas... somos assim... ora escrevemos até os dedos caírem... outras abandonamos nossos três assíduos leitores...

Perdoem-nos a "Síndrome de Picolé"...