sexta-feira, 8 de maio de 2009

Hoje cadente


Chama, luz, fogo, brilho, estrela, enfim.
Forte, longe, inalcançavél, queima dentro em mim.
Vi em mim o ardor da alma e a brisa mais suave.
Vi os pássaros cantarem, tudo alto em tom mais grave.
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Sinto a força que me suga para o labirinto da escuridão
de onde sair não poderei, pois não terei as suas mãos.
Como onda a impelir-me na direção do adentro mar,
chuva, vento, sol na cara inteira a me lavar.
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Hoje vi do alto o cenário onde estrelas iria contar,
só o céu por cobrir-me limitaria meu pensar.
Vi as paredes que seriam os ouvidos e os sensores
de onde fluiriam as torrentes entre chamas e amores.
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Vi, por ser durante o dia um céu iluminado,
Na minha imaginação o comtemplei todo estrelado.
Vi os movimentos, muitos gestos, muitos, todos desejados.
Sem palavras, sem assunto, um mundo novo, inexplorado.
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Mas não seria das estrelas eu a mais bela, a da frente,
apenas uma efêmera e rápida estrela cadente.
Uma pequena aventura num céu tão denso e vasto
mais um piscar de olhos pra quem já voou em tantos pastos.

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